E de repente , sou eu que preciso organizar tudo. Sou eu quem tiro o lixo, quem acorda a crainça, quem da a comida pra n sair com fome, quem lava o cabelo dele, quem pensa e providencia a comida, quem paga as contas, quem executa planos. Tudo eu. Eu queria isso de uma certa forma. De repente todos os braços que me apoiavam sairam de perto de mim. E eu to aqui pegando o ritmo da vida.
De repente, eu olho pro lado e penso que não darei conta, penso que vai ser difícil , penso no que andei fazendo de escolha na vida. E quando eu abro o meu vinho, no final de tudo, sentada com as minhas plantas,e não dou satisfação a ninguém sobre nada, quando pego meu gato no colo (mesmo sabendo que esqueci de comprar a areia nova...) quando, recebo alguém desprogramadamente, quando nego receber alguém, programadamente, eu sinto a paz da minhas escolhas. quadno deixo a roupa na máquina porque não to afim de estender hoje , e o mundo nao se acabará por isso....sei que me emancipar enquanto mulher sempre foi o pano de fundo de tudo isso.
Mesmo sabendo que esse mundo é filha da puta e escroto, e que quando um macho computa o que vai dar de colaboração financeira pro filho não paga nunca o planejamento e execução da vida cotidiana.
Ainda assim,
a melhor escolha da vida, é fazer por si, o que ninguém faria,
e nada nem ninguém vai ocupar novamente os meus lugares.
Só agradecer pela força que reina nesse Ori.
Olorum modupé Orixás.
