Aprender a me dar alta dos meus processos de cura faz parte de algo muito importante: reconhecer que estabilizei.
COM CERTEZA estou no meu melhor momento sobre o que me adoecia. Desde 2017.
Somente agora me sinto eu, no quesito, me sentir parte de mim.
Parece meio essencialistas isso, mas não é
Me sinto capaz de tomar boas decisões e me perceber muito pouco vulnerável emocionalmente, isso parece ter um efeito caótico nos outros. Antes eles do que eu.
Ainda corro vários riscos. Porém, de lá eu venho, porque lá estive.
E trago em mim memórias bem dilacerantes de quando nada fazia sentido. E agora apenas me olho no espelho e penso: isso garota, se arrume e vá!
Não tem um ano que eu me reergui emocionalmente. De lá pra cá foi um movimento retilíneo? Não? Doeu ? Doeu. Foi doido? Sempre. Mas me sinto no controle de mim. Talvez eu seja viciada nisso de ter o controle, mas é isso, cada um com os pilares que lhe estrutura não é? Meu delírio é a experiência com coisas reais, deu a dica, Belchi.
E talvez nem seja exatamente o controle que me estrutura, e sim a noção de que autonomia afetiva, sexual, financeira, social, etc e a centralização de meus desejos em meus propósitos. Todos justos, e quase sempre coletivos.
A pandemia continua, muita gente morrendo por dia, a promessa de piora não cessa, vacinação em passos lentíssimos, e Brasil no caos econômico, político e social. A sobre vida parece ja ser um lugar cômodo para quem não morreu desse vírus, nem fome, nem de loucura. Volto a conseguir ler. amanha chegam meus quatro novos títulos para serem lidos nas férias:
- As últimas testemunhas: Crianças na Segunda Guerra Mundial - Svetlana Aleksiévitch
- Floresta escura - Nicole Kraus
- Quarenta dias - Rezende, Maria Valéria
- O riso dos ratos - Joca Reiners Terron
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