que talvez
eu esteja
escrevendo
o Diário sobre o fim do mundo.
segunda-feira, 30 de março de 2020
baldes chutados [PANDEMIA]
eu entendo e obedeço as restrições. tem sido assim, em 8 dias, 1 eu saio de casa pra fazer algo, nunca saí pra passear. Mas por mais que não concorde com quem sai, eu entendo o limite de cada um. Eu sei, todo mundo tem que sacrificar, mas ainda assim continuo considerando as particularidades.
Tinha vários dias que eu não saia. Tenho até sentido pouca vontade de sair. Não poder siar me incomoda mais do que não sair. Bem aquariana ela.
E hj, vi o pôr do sol mais lindo da minha vida, na praia do porto da barra, completamente limpa e límpida, oxigenando a paz de não ter nenhum humano por ali. Eu precisava viver aquilo. Eu não encostei em nada e não falei com ninguém ( que cenário distópico) , apenas respirei fundo, me perdoei por estar ali, gritei meu silêncio o mais alto que pude, la dentro de mim.
Agradeci pelo sol, pedi perdão a vida, pedi perdão ao mundo pela nossa existência danosa, pedi misericórdia aos céus, aos santos.
Não sei se era noia minha, mas ouvi muita tosse de alguém que parecia uma pessoa em situação de rua. Penso nessa gente em situação de rua, o que será desse povo. Sinto em seus olhares um misto de alegria por serem donos das ruas, e estarem livres de tudo de ruim q somos, e o desespero de não entender o que está acontecendo e não ter a quem pedir comida.
A rua estava vazia, mas cheia pra uma quarentena. Acho que aos poucos as pessoas começam a se permitir a chutar alguns baldes. Acho cedo, temo por isso. Mas o fato é que não tinha nenhuma aglomeração. Mas se eu n pode, não deveria poder ninguém.
Mas... e as singularidades?
Eu entro em conflito com as minhas convicções. Típico de crise.
Saí de lá e fui pra padaria comprar pão, queijo, lanche, alface. Me neguei pagar 10 reais numa couve flor. E pague 16 reais num bolo péssimo. Não tenho feito la boas escolhas no meio dessa crise, por isso tenho procurado anotar tudo.
Para além da pandemia, o país está um caos, acredito que nos próximos 15 dias possamos ter o afastamento do lixo do presidente eleito pelas fake news. O povo brasileiro não merece o sofrimento de estar vivendo isso tudo com aquele monstro irresponsável no poder. Só sem quem o elegeu merece. A esses eu desejo que fiquem cara a cara com as consequências de suas escolhas mesquinhas,
Deus, os santos todos hão de nos olhar e ter misericórdia de nós.
Hoje vi uma live de um pessoal do Senegal falando de COVID-19 em África e os impactos econômico do continente em relação a Europa, falando da relação entre Brasil e Äfrica.
Nossa, fiquei muito atravessada com tudo que ouvi daquela mulher de pouco mais de 20 anos, e aquele cara que tava com ela. Preciso buscar mais informações sobre eles.
Tem muita coisa passando por mim agora, eu tenho andando muito muito muito reflexiva sobre a minha vida, e a vida do mundo todo. Pensando que talvez essa seja a nossa ultima chance de refazer a nossa relação com este planeta. preciso acalmar meu coração e voltar para o Um DIA De Cada Vez.
Tinha vários dias que eu não saia. Tenho até sentido pouca vontade de sair. Não poder siar me incomoda mais do que não sair. Bem aquariana ela.
E hj, vi o pôr do sol mais lindo da minha vida, na praia do porto da barra, completamente limpa e límpida, oxigenando a paz de não ter nenhum humano por ali. Eu precisava viver aquilo. Eu não encostei em nada e não falei com ninguém ( que cenário distópico) , apenas respirei fundo, me perdoei por estar ali, gritei meu silêncio o mais alto que pude, la dentro de mim.
Agradeci pelo sol, pedi perdão a vida, pedi perdão ao mundo pela nossa existência danosa, pedi misericórdia aos céus, aos santos.
Não sei se era noia minha, mas ouvi muita tosse de alguém que parecia uma pessoa em situação de rua. Penso nessa gente em situação de rua, o que será desse povo. Sinto em seus olhares um misto de alegria por serem donos das ruas, e estarem livres de tudo de ruim q somos, e o desespero de não entender o que está acontecendo e não ter a quem pedir comida.
A rua estava vazia, mas cheia pra uma quarentena. Acho que aos poucos as pessoas começam a se permitir a chutar alguns baldes. Acho cedo, temo por isso. Mas o fato é que não tinha nenhuma aglomeração. Mas se eu n pode, não deveria poder ninguém.
Mas... e as singularidades?
Eu entro em conflito com as minhas convicções. Típico de crise.
Saí de lá e fui pra padaria comprar pão, queijo, lanche, alface. Me neguei pagar 10 reais numa couve flor. E pague 16 reais num bolo péssimo. Não tenho feito la boas escolhas no meio dessa crise, por isso tenho procurado anotar tudo.
Para além da pandemia, o país está um caos, acredito que nos próximos 15 dias possamos ter o afastamento do lixo do presidente eleito pelas fake news. O povo brasileiro não merece o sofrimento de estar vivendo isso tudo com aquele monstro irresponsável no poder. Só sem quem o elegeu merece. A esses eu desejo que fiquem cara a cara com as consequências de suas escolhas mesquinhas,
Deus, os santos todos hão de nos olhar e ter misericórdia de nós.
Hoje vi uma live de um pessoal do Senegal falando de COVID-19 em África e os impactos econômico do continente em relação a Europa, falando da relação entre Brasil e Äfrica.
Nossa, fiquei muito atravessada com tudo que ouvi daquela mulher de pouco mais de 20 anos, e aquele cara que tava com ela. Preciso buscar mais informações sobre eles.
Tem muita coisa passando por mim agora, eu tenho andando muito muito muito reflexiva sobre a minha vida, e a vida do mundo todo. Pensando que talvez essa seja a nossa ultima chance de refazer a nossa relação com este planeta. preciso acalmar meu coração e voltar para o Um DIA De Cada Vez.
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| Porto da Barra. Dia de sol. Nunca antes na história da humanidade essa praia foi vista assim, há mais de 500 anos. Eu não canso de olhar pra essa imagem e pensar no significado disso tudo. Distanciamento Social - Corona Vírus- Março/2020 |
domingo, 29 de março de 2020
Enlouquecer [PANDEMIA]
Estamos entrando na segunda semana de quarentena. E as pessoas começam a enlouquecer. Acho que o enlouquecimento vai matar mais que corona vírus no Brasil. Somos o povo do toque, do carnaval, do abraço apertado.
Tenho vários grupos de socialização. Vários. Tenho meu grupo de pesquisa, meu grupo de colegas de trabalho da escola, meu grupo de amigos de infância, meu grupo de amigos e militância, meu grupo do terreiro de candomblé. Em todos as pessoas tem enlouquecido de forma diferente.
Do silencio de quem prefere ficar invisível, e adoecer completamente sozinho, tem os hipocondríacos que todos os dias produzem sintomas de corona vírus sem ter nada, tem os que consomem absurdos de fakenews e começam a entrar em panico com a impossibilidade de ver um futuro, ou de acreditar que siaremos vivos.
tem os conspiradores, que estão o tempo todo buscando razoes pra tudo isso ta acontecendo em escala mundial e começam a entrar nas fantasias e n conseguirem sair. Os loucos que ignoram tudo e querem viver como se nada tivesse acontecendo.
Gente que só sobrevive são ocupando todo tempo de si no trabalho.
Acho que tenho um pouco de cada loucura dessa, e talvez por isso não em afunde em nenhuma, a ponto de me jogar de um precipício.
Acho que com o passar do tempo, passaremos a precisar pensar em que tipo de loucura vamos suportar carregar.
Estamos só no começo disso tudo. A escrita como sempre me resgata , consigo organizar meus pensamentos, sentimos e possibilidades.
Esse momento forçado de olhar para si, sem nenhum tipo de apoio psicologico, de escuta especializada, sem um remedinho tarja preta, pode causar um caos muito grande em cada pessoa.
vamos seguindo
um dia de cada vez
musica
muita musica
Tenho vários grupos de socialização. Vários. Tenho meu grupo de pesquisa, meu grupo de colegas de trabalho da escola, meu grupo de amigos de infância, meu grupo de amigos e militância, meu grupo do terreiro de candomblé. Em todos as pessoas tem enlouquecido de forma diferente.
Do silencio de quem prefere ficar invisível, e adoecer completamente sozinho, tem os hipocondríacos que todos os dias produzem sintomas de corona vírus sem ter nada, tem os que consomem absurdos de fakenews e começam a entrar em panico com a impossibilidade de ver um futuro, ou de acreditar que siaremos vivos.
tem os conspiradores, que estão o tempo todo buscando razoes pra tudo isso ta acontecendo em escala mundial e começam a entrar nas fantasias e n conseguirem sair. Os loucos que ignoram tudo e querem viver como se nada tivesse acontecendo.
Gente que só sobrevive são ocupando todo tempo de si no trabalho.
Acho que tenho um pouco de cada loucura dessa, e talvez por isso não em afunde em nenhuma, a ponto de me jogar de um precipício.
Acho que com o passar do tempo, passaremos a precisar pensar em que tipo de loucura vamos suportar carregar.
Estamos só no começo disso tudo. A escrita como sempre me resgata , consigo organizar meus pensamentos, sentimos e possibilidades.
Esse momento forçado de olhar para si, sem nenhum tipo de apoio psicologico, de escuta especializada, sem um remedinho tarja preta, pode causar um caos muito grande em cada pessoa.
vamos seguindo
um dia de cada vez
musica
muita musica
sábado, 28 de março de 2020
os gatos, o virus e nós
aqui estamos, vários dias de confinamento, não se é melhor ou pior contar dos dias passando. Sei que, estou bem felizinha com os novos momentos dessa clausura.
Não deve ser definitivo, como nada é, mas por hora, estou aproveitando.
Parece que de algum jeito meu cérebro e meu corpo vão se adaptando ao espaço restrito e a nossa organização temporal da minha vida.
A pressa parou de fazer parte de mim. Tenho tempo sobrando. Nem quando estive de férias foi assim. E me lembro que quando fico de ferias, demoro semanas te q meu corpo entenda q eu de ferias, e comece a agir como um corpo de férias.
Acho que estou entrando na fase do acomodar com a falta de expectativa. Aquilo de viver um dia de cada vez, valendo mesmo.
Desacelerei. Hoje foi um bom dia. Fiz tudo que eu quis, e fiquei bem.
Tenho observado os gatos, como eles lidam bem com a restrição de espaço. Acho que meu corpo assim como o do gato começa a entender que não tem jeito. Esse é meu espaço agora, até quando não sabemos.
Acho que a fase mais difícil vai ser quando começarmos a contar os mortos.calma um dia de cada vez
As coisas no Brasil ainda n se acabaram. mas temo muito por esse povo. Parece que as pessoas mais sensatas nesse cenário caótico, é nosso prefeito e nosso governador. Apesara de estar coma sensação nitida de palanque politico, vejo como positivas as decisoes tomatadas ate então.
Não deve ser definitivo, como nada é, mas por hora, estou aproveitando.
Parece que de algum jeito meu cérebro e meu corpo vão se adaptando ao espaço restrito e a nossa organização temporal da minha vida.
A pressa parou de fazer parte de mim. Tenho tempo sobrando. Nem quando estive de férias foi assim. E me lembro que quando fico de ferias, demoro semanas te q meu corpo entenda q eu de ferias, e comece a agir como um corpo de férias.
Acho que estou entrando na fase do acomodar com a falta de expectativa. Aquilo de viver um dia de cada vez, valendo mesmo.
Desacelerei. Hoje foi um bom dia. Fiz tudo que eu quis, e fiquei bem.
Tenho observado os gatos, como eles lidam bem com a restrição de espaço. Acho que meu corpo assim como o do gato começa a entender que não tem jeito. Esse é meu espaço agora, até quando não sabemos.
Acho que a fase mais difícil vai ser quando começarmos a contar os mortos.calma um dia de cada vez
As coisas no Brasil ainda n se acabaram. mas temo muito por esse povo. Parece que as pessoas mais sensatas nesse cenário caótico, é nosso prefeito e nosso governador. Apesara de estar coma sensação nitida de palanque politico, vejo como positivas as decisoes tomatadas ate então.
quarta-feira, 25 de março de 2020
quando antes esse silêncio? [pandemia]
Acordei as 9 e parecia que eram 5 horas, o tempo chuvoso, junto com esse silencio de um mundo sem novidades me deixou temporalmente confusa, por isso meu corpo queria tanto levantar.
Estou no decimo dia de quarentena.
Sou foco, vetor de transmissão. Porque sou professora de escola particular, recebi diversas crianças que vieram de viagem.
Depois de 14 dias posso ficar mais tranquila sobre pelo menos .... sei la... acho que nada vai mudar tao cedo nesta merda.
Devemos ter uma divida ancestral muito grande pra ta vivendo uma pandemia sob o desgoverno desse imbecil. O Brasil deve ser a primeira nação deste seculo a ter como presidente um genocida confesso em rede nacional. Que essa pandemia pelo menos derrube esse monstro.
A medida que o tempo vai passando, mais pessoas vão morrendo, mais pessoas vão se infectando e mais medidas de mais isolamento social vai acontecendo. Em três meses as coisas podem começar a melhorar, caso a gente consiga se implicar nessa batalha.
Minha mãe não tem me ajudado muito nisso. tenho estado preocupada com sua adesão as revoltas dos idosos. Isso precisa ser estudado. Tenho varias teorias pra explicar isso, um dia desse escrevo sobre.
tenho tentado viver um dia de cada vez, a unica rotina que pretendo mesmo seguir é de manter os horarios de refeiçao no seu devido lugar pra nao ficar com relogio biologico muito doidao.
Fora isso, faço ioga, leio livro, faço reunioes via zoom com amigos, sobre trabalho, projetos, , conspiro contra o governo, vejo filmes, jogo buraco, faço atividades com meu filho e com minha filha, que tem sido a melhor compania junto com meus tres gatos, meu cagado e minhas plantinhas.E trabalho, vou produzindo coisas pra mandar pras minhas crianças terem o que fazer dentro de casa.
Sinto saudades e tenho usado muito tempo para pensar o que significa simbolicamente, espiritualmente e energeticamente essa pandemia. Seria a ultima chance da Humanidade se refazer? Sera que é o planeta dizendo: chega?!
em fim,
um dia de cada vez
tem sido meu lema.
sigamos.
"continue a nadar...
Estou no decimo dia de quarentena.
Sou foco, vetor de transmissão. Porque sou professora de escola particular, recebi diversas crianças que vieram de viagem.
Depois de 14 dias posso ficar mais tranquila sobre pelo menos .... sei la... acho que nada vai mudar tao cedo nesta merda.
Devemos ter uma divida ancestral muito grande pra ta vivendo uma pandemia sob o desgoverno desse imbecil. O Brasil deve ser a primeira nação deste seculo a ter como presidente um genocida confesso em rede nacional. Que essa pandemia pelo menos derrube esse monstro.
A medida que o tempo vai passando, mais pessoas vão morrendo, mais pessoas vão se infectando e mais medidas de mais isolamento social vai acontecendo. Em três meses as coisas podem começar a melhorar, caso a gente consiga se implicar nessa batalha.
Minha mãe não tem me ajudado muito nisso. tenho estado preocupada com sua adesão as revoltas dos idosos. Isso precisa ser estudado. Tenho varias teorias pra explicar isso, um dia desse escrevo sobre.
tenho tentado viver um dia de cada vez, a unica rotina que pretendo mesmo seguir é de manter os horarios de refeiçao no seu devido lugar pra nao ficar com relogio biologico muito doidao.
Fora isso, faço ioga, leio livro, faço reunioes via zoom com amigos, sobre trabalho, projetos, , conspiro contra o governo, vejo filmes, jogo buraco, faço atividades com meu filho e com minha filha, que tem sido a melhor compania junto com meus tres gatos, meu cagado e minhas plantinhas.E trabalho, vou produzindo coisas pra mandar pras minhas crianças terem o que fazer dentro de casa.
Sinto saudades e tenho usado muito tempo para pensar o que significa simbolicamente, espiritualmente e energeticamente essa pandemia. Seria a ultima chance da Humanidade se refazer? Sera que é o planeta dizendo: chega?!
em fim,
um dia de cada vez
tem sido meu lema.
sigamos.
"continue a nadar...
sexta-feira, 20 de março de 2020
a distopia nossa
"acordei 4 hs, sem remédio tem sido assim,
aceito, levanto, bebo água, vou esperar o dia nascer vendo o céu da rede, na varanda, o silêncio absoluto do medo reina em meus ouvidos. Rezo. Sexta-feira de Oxalá. Não é tempo de esquecer isso. Só peço misericória. E agradeço.
Penso que Iemanjá deve ta feliz sem humanes pra encher ela de lixo por 15 dias. Me convenço de há algo bom nisso.
Boto água nas plantas, lavo a louça que deixei acumular pra ter o que fazer hj. Tiro a roupa do varal, separo, dobro, penso nas crianças. Como tem sido tudo isso pra eles? Serão a geração de crianças que vivem uma pandemia.
PANDEMIAPANDEMIAPANDEMIAPANDEMIAPANDEMIA
muitos ecos no meu orí.
Boto roupa na maquina, mato a barata q passou por mim. Como jaca como se fosse pipoca. Ainda são 5:30 da manhã, lavo o banheiro. Deixa o filme pra mais tarde quando o calor nao me deixar fazer mais nada. Penso nas putas, em todos outros trabalhadores q vao se fuder muito. Acelera o peito. para, respira. vai passar. Pela primeira vez fiquei feliz pela morte de meu amigo: ele não ta vendo isso. A cabeça precisa parar.
Sinto saudade de tocar nas pessoas, mas nem sou de muitos toques, é minha cabeça me convencendo a sentir panico.
Musica. Cuscuz, café, bolo, banana da terra. Tudo com calma como eu gosto.
Lembrar dos prazeres possíveis. lembrar.
Penso que nada será como antes, e tento não prever mais nada."
pandemia
ha menos de dois meses eu li um livro sobre distopia social.
Parábola do Semeador, de Octavia Butler.
se eu soubesse o que estava por vir, eu jamais teria lido. Como é possível ha um mês atras eu estar no carnaval, e hoje estarmos todos enclausurados em casa, em pânico com medo de morrer e perder nossos parentes queridos.
ta muito difícil não entrar num surto, ta insuportável, lidar com tudo isso. Eu preciso tomar uma atitude seria sobre a minha saúde mental. E isso implica em um afastamento das redes sociais, afim de não acessar tantas noticias. Eu sei que a desgraceira ta pra acontecer, ainda vamos chegar num caos muito grande. Todo dia morrem muitas pessoas. Os números na Itália são catastróficos. São mais de seiscentos mortos por dia. Como podemos ser tão frágeis e incompetentes assim?
Eu tenho muita raiva da humanidade. Estamos colhendo o que plantamos, e eu vou odiar ainda mais quando tudo isso acabar.
Esse isolamento social tem sido muito difícil. Estou longe de meu filho, de minha mãe, de minha irma, meus amigos, e a beira de um crise pânico.
que Deus nos ajude
Parábola do Semeador, de Octavia Butler.
se eu soubesse o que estava por vir, eu jamais teria lido. Como é possível ha um mês atras eu estar no carnaval, e hoje estarmos todos enclausurados em casa, em pânico com medo de morrer e perder nossos parentes queridos.
ta muito difícil não entrar num surto, ta insuportável, lidar com tudo isso. Eu preciso tomar uma atitude seria sobre a minha saúde mental. E isso implica em um afastamento das redes sociais, afim de não acessar tantas noticias. Eu sei que a desgraceira ta pra acontecer, ainda vamos chegar num caos muito grande. Todo dia morrem muitas pessoas. Os números na Itália são catastróficos. São mais de seiscentos mortos por dia. Como podemos ser tão frágeis e incompetentes assim?
Eu tenho muita raiva da humanidade. Estamos colhendo o que plantamos, e eu vou odiar ainda mais quando tudo isso acabar.
Esse isolamento social tem sido muito difícil. Estou longe de meu filho, de minha mãe, de minha irma, meus amigos, e a beira de um crise pânico.
que Deus nos ajude
quarta-feira, 11 de março de 2020
balada abalada embalada embolada
era pré virou balada
Estive desde a primeira edição.
Era um negocinho, muito bonito e pequeno, fui de gaiata, vi um professor que muito me inspira em vários aspectos, divulgando a pre balada literária da Bahia, foi assim que soube da balada liteararia de sp. nessa, ainda não fui. Quem sabe esse ano ne?
Todo ano eu vou, compro livros incríveis, conheço pessoas maravilhosas, assisto coisas que me impacto por um ano, ate que venha a próxima,
Foi lá que conheci pessoalmente Marcelino Freire, ele era aquele tipo de pessoa que para mim era inalcançável em todos os sentidos, desde sua intelectualidade, sensibilidade, tato com as dinâmicas sociais, seus textos, e suas interpretações desses textos, Marcelino para mim é um dos maios intelectuais da literatura e da politica desse Brasil.
Lembro de tudo que senti quando o vi falar pela primeira vez, ao vivo, como alguém possível, eu so queria tomar uma cerveja com ele,e e ouvir mais daquelas historias , e fazer outras historias sobre mim. O abra;ço ja foi de otimo tamanho.
Todos os anos eu vou la, cada ano o evento esta mais forte, mais garantido, com mais reconhecimento. Deixou de ser uma pre-balada de sp, e passou a ser a balada Literaria de Salvador. NA sua V edição ganhamos a ilustre visita de Valter Hugo Mãe, que adoro ler, mas a que pesa a justiça com os nossos , e relevância de ter um nome internacional na programação desse evento que se faz com muitas forças, preciso dizer que outras presenças me emocionaram mais, como Ana Maria, escritora de Um defeito de cor, que li anos antes de conhece-la. Conheci gente de escritura a pandeiro, gente de minha terra, gente que ja conhecia a voz mas nao conhecia o corpo, gente que o racismo invisibiliza, Eu tive o prazer de dançar com Juraci tavares cantando musica de Oxum, eu tive a honra de fazer a oficina de escrita literária com Marcelino freire. Acho que esse foi o ponto Ápice.
Talvez aquele lugar tanto africa, talvez minha ancestralidade, talvez aquela oca, talvez, aquela roda, talvez, aquelas pessoas, e muito possivelmente muita dor. chorei mesmo. Estar ali entre aquelas pessoas entregando meu desejo pela literatura me fez sentir passada.
Onde me perdi? Era isso! Eu amo isso!
Me fiz pensar em mim, e em tantas outras mulheres que deixam de ser porque vivem a penalidade maxima de ser mulher: a maternidade.
Talvez por tudo que a maternidade me faz enfrentar de machismo, sexismo e misoginia, talvez por eu simplesmente me reconhecer ser e nao conseguir fazer mais anda por isso, alem de esperar a proxima Balada Literária.
Obirgada Maca! Obrigada Milena ! Obrigada Marcelino <3 nbsp="" p="">
Estive desde a primeira edição.
Era um negocinho, muito bonito e pequeno, fui de gaiata, vi um professor que muito me inspira em vários aspectos, divulgando a pre balada literária da Bahia, foi assim que soube da balada liteararia de sp. nessa, ainda não fui. Quem sabe esse ano ne?
Todo ano eu vou, compro livros incríveis, conheço pessoas maravilhosas, assisto coisas que me impacto por um ano, ate que venha a próxima,
Foi lá que conheci pessoalmente Marcelino Freire, ele era aquele tipo de pessoa que para mim era inalcançável em todos os sentidos, desde sua intelectualidade, sensibilidade, tato com as dinâmicas sociais, seus textos, e suas interpretações desses textos, Marcelino para mim é um dos maios intelectuais da literatura e da politica desse Brasil.
Lembro de tudo que senti quando o vi falar pela primeira vez, ao vivo, como alguém possível, eu so queria tomar uma cerveja com ele,e e ouvir mais daquelas historias , e fazer outras historias sobre mim. O abra;ço ja foi de otimo tamanho.
Todos os anos eu vou la, cada ano o evento esta mais forte, mais garantido, com mais reconhecimento. Deixou de ser uma pre-balada de sp, e passou a ser a balada Literaria de Salvador. NA sua V edição ganhamos a ilustre visita de Valter Hugo Mãe, que adoro ler, mas a que pesa a justiça com os nossos , e relevância de ter um nome internacional na programação desse evento que se faz com muitas forças, preciso dizer que outras presenças me emocionaram mais, como Ana Maria, escritora de Um defeito de cor, que li anos antes de conhece-la. Conheci gente de escritura a pandeiro, gente de minha terra, gente que ja conhecia a voz mas nao conhecia o corpo, gente que o racismo invisibiliza, Eu tive o prazer de dançar com Juraci tavares cantando musica de Oxum, eu tive a honra de fazer a oficina de escrita literária com Marcelino freire. Acho que esse foi o ponto Ápice.
Talvez aquele lugar tanto africa, talvez minha ancestralidade, talvez aquela oca, talvez, aquela roda, talvez, aquelas pessoas, e muito possivelmente muita dor. chorei mesmo. Estar ali entre aquelas pessoas entregando meu desejo pela literatura me fez sentir passada.
Onde me perdi? Era isso! Eu amo isso!
Me fiz pensar em mim, e em tantas outras mulheres que deixam de ser porque vivem a penalidade maxima de ser mulher: a maternidade.
Talvez por tudo que a maternidade me faz enfrentar de machismo, sexismo e misoginia, talvez por eu simplesmente me reconhecer ser e nao conseguir fazer mais anda por isso, alem de esperar a proxima Balada Literária.
Obirgada Maca! Obrigada Milena ! Obrigada Marcelino <3 nbsp="" p="">
quinta-feira, 5 de março de 2020
resolu.ir
Delírio: Uma crença ou realidade alterada que é mantida com persistência apesar de evidências ou acordo em contrário, geralmente ligada a um transtorno mental.
Má-fé: um conceito associado à ideia de fraude ou intenção dolosa. Pode envolver engano intencional dos outros ou da própria pessoa.
pra louco remédio, pra mau caráter, justiça
eu sempre soube que 2020 era uma no de resolução,
q seja
Má-fé: um conceito associado à ideia de fraude ou intenção dolosa. Pode envolver engano intencional dos outros ou da própria pessoa.
pra louco remédio, pra mau caráter, justiça
eu sempre soube que 2020 era uma no de resolução,
q seja
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