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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

coming back to life



Where were you when I was burned and broken?
While the days slipped by from my window watching
Where were you when I was hurt and I was helpless
Because the things you say and the things you do surround me
While you were hanging yourself on someone else's words
Dying to believe in what you heard
I was staring straight into the shining sun

Lost in thought and lost in time
While the seeds of life and the seeds of change were planted
Outside the rain fell dark and slow
While I pondered on this dangerous but irresistible pastime
I took a heavenly ride through our silence
I knew the moment had arrived
For killing the past and coming back to life

I took a heavenly ride through our silence
I knew the waiting had begun
And headed straight into the shining sun

sobre as idas

espero que as datas que machucam passem com mais leveza
espero que o ano que vem traga muitas vitórias 
e que a vida seja cada vez mais doce
espero que vc consiga tudo
e que o que não conseguir seja só uma lembrança
para o quanto vc já conquistou

eu desejo que os caminhos sejam mais floridos
que as musicas favoritas toquem sempre
e que os filmes lhe marquem

espero que haja encontros
espero que ainda tenhamos risos em comum
e que a os erros sejam amenizados com o tempo

desejo sua felicidade
desejo que saiba que sinto
tanto
espero que as boas amizades sejam sempre maravilhosas
e que ouçam vc com atenção

espero que receba uma tonelada de carinho
por segundo
de todos os lados
e formas

espero poder saber de vc
desejo saber coisas lindas

e que no próximo ano possamos
lembrar um do outro
com mais distancia de dores
e mais lembranças 
das boas

espero, desejo
apenas.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

29

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
(Já que você não me quer mais)
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove, com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão.
(E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez)
R.R

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

pronto, pode acabar.

Acabou-se. E acabou beeem , muito bem. Nem acredito que esse é o mesmo ano que começou daquele jeito. Ter passado no mestrado que eu queria, no único que me interessava foi uma guinada, uma guinada emocional, uma guinada de uma vida de mais desafios, eu sei, a beira do desespero, eu sei. Mas eu preciso desses desafios para me sentir feliz

Encerro o ano com várias garantias na escola. Um mestrado e grandes promessas para ano que vem.

Ainda no incio desse ano passei em todas as fases do mestrado e mas com notas baixas pra entrar... também no meio do vendaval que eu estava... esse ano eu nem dei bola pra estudar, nem precisei me concentrar, nem tive problemas de ter que parar a vida toda pra seleção... pelo contrario, tive que fazer ela no meio de tudo junto... troquei de projeto, tive que fazer malabarismo pra conseguir ir para todas as fases....foi doido o negocio. E fui...fui...e passei, bem avaliada. E agora é só colocar o colchão na sala, escolher o filme e ser feliz.

Comemorei em grandíssimo estilo.Ao som afro do cortejo, sendo cortejada por afetos multipolos.... e o coração levinho.... dancei, horrores,

Recebi uma linda ligação da minha mãe de santo, lhe falei da importância do terreiro na minha vida durante esse ano... eu não saberia nem dizer da felicidade que é estar entre eles.

Êparrei oyá, Kaô meu pai! Oraiêiê dona do meu ori, Ogunhê Patocori meu Pai, Êpa Baba!!!  

OLORUM MODUPÉ!

E olha só o numero que eu fiquei colocada.. 9 né? Tinha que ser! 



Isso é pra vc meu amigo... tenho certeza que estaria comigo ontem...  Saudades eternas. 

chegue forte 2015!!!!

domingo, 14 de dezembro de 2014

essa semana

essa semana termina dia 22. Com ela, encerra-se um período de ausência de prazer. Começam minhas férias. Merecidas. A partir do dia 18 não tenho mais crianças em sala de aula, depois desse dia, é resolver burocracias, confraternizações e a festa de mamãe Iansã. 

Essa semana é semana de vários resultados, o primeiro deles é da fé. 

Essa semana é semana de agradecer os caminhos acreditados a mim. Dia 22 eu respirarei outros ares, e vou entrar numa garrafa. Ahhhhhh vou.... Em ótima companhia cearense... com meu queridissima amigo, colega de pesquisa e quem sabe... mais aproximo que nunca. Aquele que, coincidentemente estava aqui nesse período de resultados... e que me acolheu de forma tão linda.

Vamos beber, vamos agradecer aos tambores, vamos que vamos, seja o que seja.

Acho que estou em contagem regressiva, acho que preciso de férias. Me comprometo a ano que vem não ter mais três turnos de trabalho, e me dar mais ao luxo de mais prazer. 

Terça é dia de meus pequenos mostrarem todo nosso esforço de um ano, e retribuir meu cansaço com lindos passos de axé. 



sábado, 13 de dezembro de 2014

um ano

como pode ja fazer um ano do dia 13 de 2013?

Isso não é incrivel?

desconfio que eu esteja assim, anestesiada... um ano nunca pareceu tanto ontem. Deve ser a forma como isso tem sido subjetivamente elaborado por mim. Essa noção temporal fica completamente alterada. Eu realmente não consigo perceber o conteúdo desse um ano. Onde eu estive? o que eu fiz? eu tive um dia-a-dia? tudo aconteceu mesmo?

O jeito é subir lá de novo... e ver se alguma coisa acontece no meu coração.




     

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

quando invade

não faço a menor ideia de pq estou pensando nele.

Talvez seja dezembro.

Quando eu era criança a gente se dava muito bem. Ele era safo. E tinha um olhar muito profundo. Uma sensibilidade até irritante para mim. E ao mesmo tempo uma sedução irresistível. Desde criança eu sabia disso. Dani era especial. Nem me dava bola, nem thcum pra mim. Eu tinha aquela admiração de primo mais velho, pela pegada de malandragem. Diziam que eramos primos. Vários e vários anos passamos as ferias juntos lá em Porto Alegre. Sua casa era sempre  a minha primeira parada antes de visitar a familia. Lembro uma vez de ter ficado muito além de umas ferias, moramos juntos por alguns meses eu com 8 ele com 10 anos... lembro que fomos feliz... brincávamos no condomínio dia e noite... corríamos, ele não parava um minuto, sempre inventava coisas pra tá em movimento. Dançavamos musicas da época....ele dançava e eu amava isso!Ele tinha a pegada de me mostrar a liberdade. Sempre quis ir alem de tudo. Sempre quis me mostrar que eu também podia... Em uma época ele ficou bem mais velho que eu. Apesar da pouca diferença, os dois anos apreciam dez... acho que eram suas experiencias de vida e seu jeitão de quem já viveu muito, mesmo com 12 anos. Foram nossas ultimas ferias intensas juntos.
Tinha muita coisa boa entre nós. Não lembro de briga, nem rejeição, não lembro de exclusão, só parceira, amizade e muito carinho.
Crescemos o resto da vida separados. Sabia das noticias dele por nossas mães, amigas de infância.....
amigas irmãs. Daquelas de serem a pessoa de emergência uma da outra...mesmo com toda distancia entre o sule  o sudeste. Tia Rô foi talvez a tia mais próxima de minhas lembranças.... e eu amava ela.
Nasceu no mesmo dia que eu.
Adolescemos distante um do outro , e as noticias de Dani eram cada vez mais preocupantes. Nunca nos falávamos. Interna, desinterna. Rua, vicio, roubo, interna. Recupera, rua, vicio , roubo, prisão... As vezes acalmava... as vezes as noticias eram outras, ta namorando, em casa ha quase 3 meses, limpo.
Nesse tempo nunca falávamos, tinha tido um abismo entre nós. Eu sei que isso foi provocado pelo medo da minha mãe que via em mim uma potencial viciada.
Eu nunca fui atras. Tinha medo de ser rejeitada por ele. Medo, sempre.
Até que em 1999, com 17 anos morando em Santa Maria decidi ir pra Porto Alegre passar um feriado... Cheguei na casa de Tia RÔ.  Tarde da noite, umas onze talvez.
Nem sabia se Dani estava numa época de calmaria ou agitação.. Para minha surpresa ele estava lá.
Foi nossa noite. Parecia que nenhum segundo tinha passado. Deitamos no chão e li suas poesias, suas musicas. Dani estava lindo. Estava muito mais lindo do que nunca.  Adorava aquele estilo dele de ' to nem ai pra nada' , meio bandido, meio moleque...solto, calças largas demais pra seu corpo, camisa preta , larga mais ainda... nessa fase isso muito me seduzia....mas não era nada daclarado ,e talvez nem consciente na época...
A noite demorou a passar... conversamos sobre tudo... sobre suas aventuras. Sobre as minhas... ele me olhava como se eu fosse uma coisa que nao devia ser tocada...eu percebia isso.. eu n sabia explicar a estranheza em seu rosto... um olhar de quem tem dó ... e eu olhava para ele com a admiração de quem desejava voltar a brincar de bicicleta ... sempre quis. Conversamos sobre os momentos dificeis que ele passou, da tentativa de mudar a vida. Ele queria.
Em determinada hora da noite eu achei que a gente ia namorar. Eu olhei pra ele e ele me olhou profundamente... rimos , desconversamos, silenciamos os desejos e as admirações.... ele fugiu e eu não tinha coragem de ir atras dele... seguimos entre as musicas e promessas de outros encontros... ele pegava em minha mão, deitava bem coladinho em mim, mexia no meu cabelo... muito carinho.Vi seus desenhos, e neles suas angustias... como desenhava lindamente.. um artista! Lembramos as coreografias da gente enquanto a casa dormia. Falamos de sua namorada. Tinha uma namorada. Ai eu me achei tola, mais ainda.
Nossos sentimentos eram muito misturados... percebemos minha tia Rô acordar... veio nos colocar na cama... colocar ordem na casa....com medo. No dia seguinte, acordamos , comi. Muito feliz com a noite agradável que eu tive, muito feliz em ter ido lá naquele dia que ele tava lá.... muito feliz por ter recebido aquele olhar, que eu sabia q tinha alguma coisa , mas não entendia o que era,  que dimensao tinha, se era acessivel, se era pra mim. Minha tia Rô apressava minha ida... me senti indesejada naquela casa.
Fui embora. Ele fez questão de me levar no ônibus. Nos despedimos com um abraço forte, daqueles que nao se quer deixar mais ..... daqueles que a gente sabe que nao sabe quando mais terá.... e nos prometemos outros encontros.
Passei o final de semana la... entre outros amigos.. e pensando nele. Bebi.
Voltei segunda feira pra Santa Maria... meses depois voltei pra Bahia... péssimas noticias, e assim se seguiram os anos, interna, volta, vai pra são paulo, volta, vai preso, overdose. Volta, limpo. Nunca mais falamos, ele n tinha celular, nem eu , n era comum. Nossas mães se falavam religiosamente aos finais de semana. As noticias oscilavam... até que soube que Dani tava feliz. Limpo há meses. Morando em São Paulo, estava quase casado com uma moça que conheceu durante o ultimo tratamento. VI fotos. Ele tinha deixado de ter muitas caracteristicas fisicas q eu conhecia, mas seus olhos eram os mesmos... e ele estava feliz, eu podia ver.... e nos perdemos.

Dois anos se passam, até que minha mãe me chama com lágrimas:

O Dani vai morrer.

-Hã? Como? E nossas promessas? E as musicas? Ele vai casar!
Limpo ha três anos Dani sentiu dores nas costas, e só saiu morto do hospital. HIV. Ele não sabia. Ninguém sabia...
eu não sabia onde ir, o que fazer. Escolhi não ver ele morto. Escolhi sofrer de longe... acreditando que ele estava ali. Ele se foi , e aquela noite foi a nossa ultima. Chorei por meses a morte dele. Meses....

Dois anos depois,

O câncer da tia Rô volta. Minha mãe sofre, vai pra florianopolis, volta.... vai e volta... acompanha o tratamento. Metastase.
Vamos realizar o sonho da tia Rô, vamos trazer ela pra Bahia. Poucos meses de vida.
Dezembro de 2013. Veio ela, magrinha. Feliz, faceira, realizar o sonho da Bahia...

Ahhh minha querida tia... fui toda sua... estava numa fase de terrivel conflitos... dores, e compartilhando da experiencia dela. Foi foda. Fui toda sua... saímos, passeamos, levei ela no terreiro, jogamos, comemos, natal aqui em casa, seu ultimo.
Dani...dani...dani... sempre ele.
Até que numa sorveteria na Ribeira, ela me olhou bem séria e revelou, como se não pudesse morrer com aquilo.

_vc era o amor da vida do Dani. Eu nunca deixei. Eu nunca quis vc perto dele, eu sabia que ele podia acabar com a  tua vida. Mas inumeras vezes ele me pediu seu numero, inúmeras vezes ele quis vir pra Bahia, desde criança. Desde sempre. Aquele dia na minha casa eu implorei pra ele ir embora, implorei pra não ficar lá.... Ele terminou o  namoro dele assim que vc foi embora, deixou uma musica que fez pra vc,  voltou pras ruas, passou meses desaparecido.... e eu nunca te disse pra te proteger,E acredito que vc era realmente o amor dele pq vc foi a unica que ele protegeu disso tudo, a unica que saiu ilesa disso, a unica que ele nao conseguiu destruir a vida junto com a dele.

A medida que ela ia falando aquilo... aquelas palavras eram gravadas em mim... minha cabeça ficava zonza... me faltava ar. Ele vinha na minha frente, a gente criança, a bicilceta, as musicas, as brincadeiras, a cumplicidade, o cuidado... tudo muito rápido... e fique anestesiada. Devieria agradecer ela? O momento da vida ja me fazia enlouquecida ...ainda mais aquilo agora.. ele morto! Puta que pariu tia RÔ. Ela terminou a  conversa dizendo que se não fosse o craque , possivelmente teríamos sido namorados,.
 E eu tão distante disso... e eu tão ausente de tudo... vivendo uma vida tão diferente... tendo uma outra versão das coisas.

porque ele não me disse aquele dia? será qeueera verdade? pq ela tava falando aquilo?

Senti muitas coisas pela minha tia rô... ela abriu uma feridona em mim num momento critico... e eu não sabia a importancia daquilo... eu poderia morrer sem saber daquilo.. Dani ja tava morto já dois anos.


Dois meses depois.

Tia Rô foi pro hospital, o cancer não vai mais deixar ela viver num um mês... ... telefone. Morreu.
Depois de acompanhar o sofrimento de minha mãe, o luto pela amiga-irmã... o choro infantil dela, cotidiano... eu lembrei de tudo de novo... e entendi que quem nao podia morrer com a sensação de que tava deixando de contar algo era ela, e a perdoei por não ter me deixado ver as coisas como eram... que nao acreditou que as coisas pudessem ser melhores ....

Hoje eu penso, como teria sido se...


e desisto.  Descobri que o que não foi , não foi....   e que morro de saudade da expectativa de noticias dele, da sensação de ter ele perto de mim, por uma noite e nunca mais.


saudade sem fim Dani.


meses antes de falecer.



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

diluindo-me


"Quem revelará o mistério
Que tem a fé
E quantos segredos traz
O coração de uma mulher
Como é triste a tristeza
Mendigando um sorriso
Um cego procurando a luz
Na imensidão do paraíso"





segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

a essa altura de 2014

Eu ainda não estou pronta para falar do que foi esse ano em minha vida, pq eu ainda não entendi ele. Um ano em que eu me senti anestesiada de tão esquisito que foi pra mim , de repente olhar pra minha sala e ver uma arvore de natal montada.
Eu não reconheço esse ano em minha vida, eu não me reconheço nesse ano. Será que voltarei ao normal? Será essa minha normalidade agora?
Eu lembro claramente que a essa época do ano passado eu estava numa mistura louca e intensa de desejos e e incertezas.... e foi tão foda tudo que eu não sei onde estive durante os 12 meses seguintes.
Será que estou pronta? Será que era isso?

A minha grande conquista foi ter a minha casa as minhas custas. Eu não devo nada a ninguém. Eu consegui. Escolhi uma casa possível para mim e agora eu tenho ela. Eu fecho a minha porta, eu escuto o som que eu quero, eu dou a comida que eu quero pra meus filhos, eu organizo a hora de ir no mercado conforme minhas demandas.....

E eu trabalho, muito. tanto que nem respiro. tripliquei minha jornada. Foi isso. A força de trabalho robou minha vida... o que restou dela, os filhos roubaram.

Foi uma noa que eu fiz viagens que eu não me lembro de ter feito. Parece que tem seculos que eu não vou no rio grande do sul....

é o ano?

é iansã?
são seus ventos levando o tempo rapido para amenizar as dores?

acho que aceitarei o convite pra beber o chá.


Um ano. E eu estive estacionada sob um céu de lagrimas,


e dormi, e ainda não acordei.