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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Luiz Inácio voltou. PRESIDENTE DO BRASIL

 Há uns anos atrás eu vinha aqui chorar o golpe de Dilma, depois a prisão de Lula e na sequencia a eleição de Bolsonaro em 2018. Cansei de pensar que esse Brasil não tinha jeito. Cansei dos horrores de senti com cada noticia que saia. Eu fiquei completamente perdida por muito tempo. vi muita gente adoecer de muitos jeitos diferentes. 

Ha dois dias Lula foi eleito presidente do Brasil numa eleição suja, regada a violência, ameaça, mentira e absurdos. De tudo aconteceu, até hoje as tentativas de golpe acontecem. 

Ainda há muita preocupação com a  quantidade de imbecil que ainda vota naquele cretino, com a transição, com a saúde de Lula e com tudo que envolve essa eleição onde Lula teve de recuar em mil aspectos progressistas e negociar com a pior corja política neoliberal desta nação, tudo em nome de salvar o que sobrou de democracia e a dignidade política deste país.


Sim estou muito aliviada, e feliz, estou muito muito emocionada de ver Lula voltar a presidência exatamente 20 anos depois que o elegemos pela primeira vez presidente desta nação. Foi incrivelmente lindo ver ele ser solto, inocentado e agora presidente. Que história!

sábado, 10 de setembro de 2022

Te amo Bituca

 Que show difícil. Como é duro lidar com a finitude! Viver a generosa despedida de Milton me causou tantos sentimentos contraditórios que certamente vai demorar muito tempo para que eu consiga falar disso sem me sentir despalavriada. 

Acho que a única coisa certa mesmo que posso falar sobre o show é que chorei da primeira até a ultima música e que foi, mesmo, o ultimo show de Milton Nascimento.


O show do Clube da esquina foi o ultimo que fui dias antes da pandemia acontecer. E voltar ontem aos palcos de Bituca foi emocionante, devastador e duro.

Por mais tenhamos perdido muitas pessoas, olhar pra alguém completamente consciente de que está indo, em cima do palco ,agradecendo pela vida maravilhosa que teve, e cantando as canções que sua voz não acompanham mais, com a dignidade de quem sabe exatamente o que está fazendo, me leva a pensar em como tá tudo errado e ao mesmo tudo está como deveria está. Vai ser, vai ter que ser , faca amolada.

Tive a honra de viver o tempo de Milton, de acordar com meu pai tocando suas músicas na beirada da minha cama, de esperar meses para ir para um show, do consolo pandêmico de poucos belos momentos que tive naquele tempo. Eu desejo profundamente que daqui pra frente Bituca tenha muitas mãos para segurar bem forte, como insistentemente fez com com Simone no palco, como quem apesar de não perguntar mais pra onde vai a estrada, deseja continuar caminhando.

Foi lindo sentir ele receber tanto amor, da equipe, da banda (sensacional), e de daquele coro emocionado cantando sobre o sabor de vida e morte.
Obrigada por suas canções. Pela generosidade da despedida. Por dar tanto sentido aos meus sentimentos. Certamente sou um tanto melhor porque te ouvi desde muito pequena.
Te amo, Bituca!

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

buraco de minhoca

 Deve ter alguma explicação científica, astral, filosófica, astrofísica, para a densidade do mês de agosto, né de Deus não, puta que pariu.

Que negocio ranzinza, agoniado, tumultuado, afi maria, não dá pra aguentar o tempo passar no tempo dele. Dá vontade de desmaiar e ser acordada em outubro. Uma ladainha chata da porra.

A vida continua igual, mas a impaciência para ela triplica. A sensação de que o tempo não cabe na vida é absurda. Tem sido desafiador demais estar viva. 

Tenho conseguido dar conta de tudo, mas não sem vontade de embriaguez e drogadição constante. Menos ainda sem dor, e um arrastamento constante. Aquela sensação de que as coisas precisam mudar mas que eu não faço ideia do que exatamente de fato eu gostaria de mudar. 

Tenho me agarrado como criança na fantasia de que a partir de outubro as flores voltarão a existir. Como se tudo que me afetasse de fato só dissesse respeito a esse desgoverno. 


Acho que começo a me dar conta dos prejuízos pandemicos em minha cabeça e minha existência. Fico pensando quanto ainda de tempo vai passar até que a gente se dê conta do desastre que foi pra nossa cabeça tudo isso. 

Eu não sei se pra todo mundo é assim, mas percebo como muito intrigante a sensação de que parece que nada daquilo aconteceu. Como pode algo que me afetou tanto, algo que afetou tanto o mundo inteiro simultaneamente parece que não aconteceu? Quando eu me lembro daqueles dias parece que foi um vendaval de filme de hollywood, que eu assisti e não estava envolvida, era apenas telespectadora.

Não sei se algum dia aquilo vai se concretizar de uma forma definitiva em minhas sensações, mas em minha subjetividade é uma marcada devastadora, e de toda essa geração, basta saber quando estaremos distantes o suficiente para olhar para nossos estilhaços. 


Historiadores, cientistas sociais, antropólogos  falarão sobre isso mas talvez , como sempre, somente a arte dará conta de se aproximar da representação do caos que ampliamos em nós.

E a para cada recorte etário, de classe, gênero, certamente há especificidades que não alcaçamos.   


terça-feira, 29 de março de 2022

vixe

 Constato que tem alguns rascunhos não postados aqui, e mais grave, não sinto vontade nem abri para lê-los nem pra resetá-los. Foram dias trevosos de dezembro para cá. Um misto de vergonha, medo e descontrole emocional . E aliás nem quero continuar nesse papo.


Estar em análise é entrar cada mais em si. Isso desorganiza. Eu lembro de ouvir meus mais velhos da psicanálise dizendo que primeiro mexe em tudo pra depois organizar e isso não é linear, como diria meu finado sogro: durma com um barulho desse. Inclusive, bem psicanalítico esse jargão.

Minha insônia e mals dias dormidos tem total relação com meu mal estar existencial, com os barulhos da minha cabeça. Tem dias que tudo parece estar mais firme e organizado, mas basta uma passada de pensamento atravessado pra devastar todo esforço de me manter minimamente confortável para  produzir. No fim parece que é tudo para produzir, eu me canso tentando estar bem para me cansar  no trabalho.  Tenho cansado de produzir, tenho a sensação de que pifarei de todos os jeitos possíveis muito em breve. Pifarei de um jeito que só uma chave girando encontrarei o caminho  da cura.

Mas nem tudo está assim tão ruim, tão doido, tão desorganizado, tenho tido dias de alegrias. Por exemplo, vai rolar show de Martins aqui em Salvador, sábado (2/4) Estou animadíssima , sinto tanta coisa estranha quando reescuto ele . 2020 foi um ano realmente muito doido. Por falar nisso, a sensação é de novo, de que a pandemia está acabando, deve estar não é possível. por aqui por Salvador já se fala em tirar a mascara na rua. Rio e Sp já tiraram exceto em hospitais e transportes públicos. eu sempre fico insegura e incoerente sobre isso. O fato é que ninguém aguenta mais isso, mas ao mesmo tempo aguenta. 

O fato é que já consigo fazer planos futuro, isso me organiza bastante. Já consigo vislumbrar programar viagens, refazer planos, voltar pra universidade po...pra sala do Nucus .... af q saudade da porra, existir por inteiro.... minha analise já esta presencial há bastante tempo,  preciso me sentir capaz de novo, é como se eu estivesse burra por muito tempo. E eu não sou. Eu sei. Mas preciso me sentir ativa, e agora com a universidade voltando, meu diploma FINALMENTE quase em mãos, acho que talvez seja o momento de encarar esse doutorado, porém ainda me perguntando: PRAQUE? 








terça-feira, 25 de janeiro de 2022

o ano mais cansativo de nossas vidas, 2022

 os anos não tem começado e terminado... tem continuado. Entramos em 2022 impactado pelas aguas devastando tudo. Foi muito doloroso ver o povo passar por tudo aquilo. A vida sempre foi assim? nessa proporção?

E ai na sequencia Elza morreu, 

COMO ASSIM? Ainda to impactada com isso. Tá muito ruim saber que jamais irei num show dela. 

Hoje é o ultimo dia de minhas férias. 

E não tenho do que reclamar. Estou triste e preocupada pq é janeiro e o Brasil ta pipocando em taxa de transmissão. MUITA gente de covid, inclusive minha irmã e povo todo da casa dela. Eu To dentro de casa, muito mais do que gostaria justamente por isso. Sabemos que não morreremos como já morremos no ano anterior, exceto que não se vacinou, mas o sistema de saúde ainda pode entrar em colapso e a real é que ja estamos por um fio, fora que , ainda é uma doença imprevisível.


Eu tô muito felizinha coma  generosidade dos que me acompanham. Tive uma descanso merecido. Um descansando importante para minha relação com meu bem. Pegamos a estrada sozinhos, sem filhos, e passamos lindos doze dias na estrada, muito tempo descansando, muito tempo rindo, curtindo, conversando, foi tão importante pra gente se perceber junto , nesse contexto, e feliz de estar junto e querendo estar mais. Voltamos da chapada ganhamos outro presente, mais cinco dias de hospedagem numa casa de praia literalmente na praia. Com amigos que eu amo, ainda sem filho, curtimos muito tudo que a gente gosta. fizemos som, tiramos fotos, rimos muito. Nunca de fato tivemos férias assim. Impressionante pensar nisso, que em 5 anos, a gente nunca havia conseguido viver isso. 

Como foi bom , parece que tudo ficou mais ajustado entre nós, e confortável. Como há tempos não ficava. Foi como se quem nos acompanha dissesse:  descansem um pouco. E fiquem juntos.

Tb essa nova fase de relação aberta,   me faz sentir tudo diferente, é como se tudo fizesse ainda mais sentido, mesmo com todos os desafios ( q pra mim são varios).


e isso é papo pra outros escritos. Esse é só o primeiro do ano.