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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Viagem Solitária - João W Nery

Acabei de ler. O livro é fantástico! Escrevi para o autor:






Viagem Solitária é um m livro para todo mundo 
que respira ler para saber o que é ficar sem ar. 
Sem dúvidas mudou o rumo da minha vida acadêmica
 e quem sai ganhando principalmente são meus filhos
 que ganham uma mãe fortalecida de tudo. 
Joao W Nery nos incita a ser melhores filhos,
 melhores pais , melhores seres humanos.
 Tinha que fechar meu ano assim, 
cheia de fé , vontades e paixão. 
Uma obra necessária.
























Devorei a obra em 3 dias. Simplesmente arrasada que acabou. 

Indico ele para todo mundo , e o mais indignante é que quando lê sobre do 

que se trata torcem o nariz como se tivessem vendo algo nada nocivo.

Pois eu acho que todo mundo do mundo deveria ler esse relato para se 

humanizar e tentar fazer desse mundo um mundo mais suave para todos.

João me encantou com sua lucidez , garra e vontade de ser feliz. 

João demonstrou a bondade e o amor incondicional pelo filho.Me ajudou a ser uma ex-

mulher justa e a ser racional na hora que a paixão faz doer. 

João virou para mim um exemplo de ser humano, de pai, de carinho e justiça.

Muito encantada. E recomendo a leitura , principalmente para quem é pai e filho. 

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um natal a mais...

Aprendi a respirar fundo e deixar ele passar.
Não gosto mesmo do Natal. Defnitivamente , mas tenho meus guris, que amam...e quando eu tinha idade deles eu amava. Um dia sentirão saudade do que foi o Natal.
Para mim é só o que resta...a saudade dos natais felizes que tivemos, em que a expectativa era minha vó. Hoje sou lembranças e vontade que isso passe logo.

Mas ai... pra me tornar ainda mais bipolar vem o Reveillon...aaa ilusão cretina de que tudo muda a partir da meia noite. Doce ilusão.
Mas é bom, animado, com novidade esse ano da minha amiga vinda lá de Santa Maria. Vai ser louco tê-la aqui!

2011 foi o ano de permitir-me. Foi o ano da viagem.

São Paulo
Rio Grande do Sul
Paraíba
Imbassaí

Ai que bom! ! ! ADORO! Foi o ano que vivi a universidade de uma forma bem diferente do primeiro ano, conheci pessoas, me encolvi com politica, me atraquei no CUS.  Muito bom! Um ano leve e gostoso.

2012? O ano dos 30 anos. SIm Cheguei lá e simplesmente não me reconheço com essa idade, até escrever é esquisito... Sempre iamginei essa idade de forma tão diferente;

O fato é que 2012 será o ano da conclusão e dos passos a frente. Será um ano de muito estudo.Um ano de metas. Estarei 100% UFBA. É o ano que concluo o BI; o ano que faço a seleção par ao mestrado. O Ano que estarei  tomando decisões punks sobre minha vida.O ano de mias viagem no meio de tanta concentração.
Ano de ler e produzir;

Eventos?

Sim.

Enuds - Fevereiro
Julho - RIO DE JANEIRO  Queer Paradingm 4
Agosto - ABEH

UAU... isso é só o calendário inicial, pretendo esticar a viagem do Rio pra ir ao Sul de novo.... tem q dar certo!

Para conseguir cumprir minhas metas de 6 matérias por semestre, produção de artigos para eventos e CUS , Tcc , curso de língua, seleção do mestrado. Coisa né? Por isso que pra isso tenho q ter metas:


  • Gastar menos dinheiro com betseira e mais com livro e curso
  • esquecer Facebook
  • a partir de março nada de reggae
  • ler, muito mais. 


Que venha 2012 e todos seus desafios,

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Pele que Habito - Almodóvar

Ontem fui rever o filme. Dessa vez mais preparada, mais reflexiva, e mais observadora. Consegui inclusive perceber as reações das pessoas ao terminar o filme e as luzes se ascenderem. Mãos na boca, ruídos de espanto.
Definitivamente Almodóvar se superou. 
Se ele não leu  Focault, Derrida, Deleuze ou Butler ouviu falar muito deles!!! Queria muito saber a opinião de Berenice Bento sobre o filme.
O longa é de tirar qualquer um dos eixos. Primeiro porque desconstrói completamente a linha coerente que nos é imposta sobre gênero- desejo-pratica sexual.
Almodóvar toca sutilmentemente na questão da ética médica e nas possibilidades de construir e desconstruir os corpos, joga na cara da ciência a relação entre pesquisador  e objeto de pesquisa como algo inevitavelmente pessoal. 

O que mais inquietou pós- filme foi a cena em que Vera no processo de desconstrução de seu corpo masculino recebe vestidos e os rasga. Naquele momento fica evidente a subversão dela dentro das possibilidades em que se encontra. Vicente, ainda se sente Vicente. Vicente não quis ser Vera, foi imposto a ele uma feminilidade que seu corpo não reconhecia e que ele só passou a se filiar para conseguir fugir da condição de prisioneiro.Sim , me referi a Vera como homem , como ele se identifica.

É nesse momento que é válido pensar em como devem se sentir violentados os corpos controlados. O filme aborda o contrário do cotidiano. O que costumamos ver são corpos biologicamente nascidos sob determinados gêneros, que não se reconhecem como tal e que podamos suas tentativas de reconstrução. Esses corpos lutam por sua legitimidade e hoje o estado custeia sob um forte arsenal de condições a cirurgia de mudança de sexo para os sujeitos transexuais quem se identifica como "em crise", ou seja, essas sexualidades estão ligadas a patologia, e no contra poder há uma corrente que exige essa despatologização. Principalmente porque não é uma questão de demanda hegemônica as questões das identidades Trans  pode-se inclusive  ir para além de um gênero definido, enquadrado nas normas, legitimamente reconhecido pode-se querer viver exatamente  no trânsito  dos gêneros, sem que necessariamente sinta necessidade de mudança de sexo.

E aí , o que fazemos com isso? O que fazemos com essas demandas? Fechamos os olhos ? 
Simplesmente lhes empurramos vestidos para se sejam mulheres, calças para que sejam homens? 

A pele que habito provoca nosso próprios desejos, provoca nessas próprias estabilidades sexuais e prova através da relação Cristina, a vendedora e Vera , ex-Vicente, que apesar de toda mudança corporal de gênero o desejo dele é heterossexual. E no inverso da situação, Cristina que antes os despreza enquanto corpo masculino, lhe olha com desejo homossexual lésbico, ao identificar aquele corpo feminino.

Em fim , o filme é um exercício de reflexivo sobre as possibilidades, sobre os saberes , sobre os desejos em fim,  é uma delícia.






quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Invisibilidade Pública.

A linha de ônibus Vilas do Atlântico-Praça da Sé após as 21 hs, está quase sempre cheio o bastante para algumas pessoas ficarem de pé no veiculo.


Quase todos os dias Travestis, profissionais do sexo que trabalham na orla utilizam desse meio para chegar em seus pontos, na altura de Jaguaribe,Piatã.O desconforto das pessoas é nítido, sempre em troca de olhares , risinhos e coemtários sugestivos, as travas fazem disso piadas,risadas, e balançar de cabelo.

Mas nessa noite foi diferente.O ônibus tinha lugar vazio. Três belas travas, arrumadíssimas, risonhas, e abusadas entraram no ônibus e nao se sentaram.Se mantiveram as três de pé, curtindoo vento no cabelo. O desconforto dos passageiros ,como sempre intensos, um acordo moral de repovacao pairava covardemente no ar.

Tentei amenizar a situaçao imaginando que não sentariam por opção, ateh quma delas encostou-se claramente dando sinais de cançaso do equilíbrio do salto no ônibus.


Fiquei muito incomodada com a situação quando me dei conta que elas não sentariam. nos 15 minutos de viajem pensei e entendi que era como se fosse um contrato social dos passeiros “legítimos” e as passageiras abjetos.

Os passageiros “normais” determinavam em seus olhares que sentar já era demais.As travas entenderam a mensagem,não sentaram,mas sambaram...espalhafatosas,fechativas, lindérrimas...com sueus trajes curtos provocaram, riram,subverteram, fizem seu espetáculo de pé.

Eu ,até compreender todo processo, fiquei a observar apavorada com o contrato velado entre os usuários ditos “normais” e encantada com a forma que mesmo num espaço extremamente opressor e que lhes é de direito as moças sambaram em cima da situação.

Elas seguiram pra sua lida de trabalho ...e eu reflexiva pensando que presencicei somente esse episódio....e comecei a pensar que essas travas indo ao médico,as farmácias,ao mercado,comprando roupas....e que esse processo foi resignificado por elas como uma micropolitica capaz de lhes garantir o acesso ao mundo, mesmo através de sua própria caricatura e pela via do humor.