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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Viagem Solitária - João W Nery

Acabei de ler. O livro é fantástico! Escrevi para o autor:






Viagem Solitária é um m livro para todo mundo 
que respira ler para saber o que é ficar sem ar. 
Sem dúvidas mudou o rumo da minha vida acadêmica
 e quem sai ganhando principalmente são meus filhos
 que ganham uma mãe fortalecida de tudo. 
Joao W Nery nos incita a ser melhores filhos,
 melhores pais , melhores seres humanos.
 Tinha que fechar meu ano assim, 
cheia de fé , vontades e paixão. 
Uma obra necessária.
























Devorei a obra em 3 dias. Simplesmente arrasada que acabou. 

Indico ele para todo mundo , e o mais indignante é que quando lê sobre do 

que se trata torcem o nariz como se tivessem vendo algo nada nocivo.

Pois eu acho que todo mundo do mundo deveria ler esse relato para se 

humanizar e tentar fazer desse mundo um mundo mais suave para todos.

João me encantou com sua lucidez , garra e vontade de ser feliz. 

João demonstrou a bondade e o amor incondicional pelo filho.Me ajudou a ser uma ex-

mulher justa e a ser racional na hora que a paixão faz doer. 

João virou para mim um exemplo de ser humano, de pai, de carinho e justiça.

Muito encantada. E recomendo a leitura , principalmente para quem é pai e filho. 

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um natal a mais...

Aprendi a respirar fundo e deixar ele passar.
Não gosto mesmo do Natal. Defnitivamente , mas tenho meus guris, que amam...e quando eu tinha idade deles eu amava. Um dia sentirão saudade do que foi o Natal.
Para mim é só o que resta...a saudade dos natais felizes que tivemos, em que a expectativa era minha vó. Hoje sou lembranças e vontade que isso passe logo.

Mas ai... pra me tornar ainda mais bipolar vem o Reveillon...aaa ilusão cretina de que tudo muda a partir da meia noite. Doce ilusão.
Mas é bom, animado, com novidade esse ano da minha amiga vinda lá de Santa Maria. Vai ser louco tê-la aqui!

2011 foi o ano de permitir-me. Foi o ano da viagem.

São Paulo
Rio Grande do Sul
Paraíba
Imbassaí

Ai que bom! ! ! ADORO! Foi o ano que vivi a universidade de uma forma bem diferente do primeiro ano, conheci pessoas, me encolvi com politica, me atraquei no CUS.  Muito bom! Um ano leve e gostoso.

2012? O ano dos 30 anos. SIm Cheguei lá e simplesmente não me reconheço com essa idade, até escrever é esquisito... Sempre iamginei essa idade de forma tão diferente;

O fato é que 2012 será o ano da conclusão e dos passos a frente. Será um ano de muito estudo.Um ano de metas. Estarei 100% UFBA. É o ano que concluo o BI; o ano que faço a seleção par ao mestrado. O Ano que estarei  tomando decisões punks sobre minha vida.O ano de mias viagem no meio de tanta concentração.
Ano de ler e produzir;

Eventos?

Sim.

Enuds - Fevereiro
Julho - RIO DE JANEIRO  Queer Paradingm 4
Agosto - ABEH

UAU... isso é só o calendário inicial, pretendo esticar a viagem do Rio pra ir ao Sul de novo.... tem q dar certo!

Para conseguir cumprir minhas metas de 6 matérias por semestre, produção de artigos para eventos e CUS , Tcc , curso de língua, seleção do mestrado. Coisa né? Por isso que pra isso tenho q ter metas:


  • Gastar menos dinheiro com betseira e mais com livro e curso
  • esquecer Facebook
  • a partir de março nada de reggae
  • ler, muito mais. 


Que venha 2012 e todos seus desafios,

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Pele que Habito - Almodóvar

Ontem fui rever o filme. Dessa vez mais preparada, mais reflexiva, e mais observadora. Consegui inclusive perceber as reações das pessoas ao terminar o filme e as luzes se ascenderem. Mãos na boca, ruídos de espanto.
Definitivamente Almodóvar se superou. 
Se ele não leu  Focault, Derrida, Deleuze ou Butler ouviu falar muito deles!!! Queria muito saber a opinião de Berenice Bento sobre o filme.
O longa é de tirar qualquer um dos eixos. Primeiro porque desconstrói completamente a linha coerente que nos é imposta sobre gênero- desejo-pratica sexual.
Almodóvar toca sutilmentemente na questão da ética médica e nas possibilidades de construir e desconstruir os corpos, joga na cara da ciência a relação entre pesquisador  e objeto de pesquisa como algo inevitavelmente pessoal. 

O que mais inquietou pós- filme foi a cena em que Vera no processo de desconstrução de seu corpo masculino recebe vestidos e os rasga. Naquele momento fica evidente a subversão dela dentro das possibilidades em que se encontra. Vicente, ainda se sente Vicente. Vicente não quis ser Vera, foi imposto a ele uma feminilidade que seu corpo não reconhecia e que ele só passou a se filiar para conseguir fugir da condição de prisioneiro.Sim , me referi a Vera como homem , como ele se identifica.

É nesse momento que é válido pensar em como devem se sentir violentados os corpos controlados. O filme aborda o contrário do cotidiano. O que costumamos ver são corpos biologicamente nascidos sob determinados gêneros, que não se reconhecem como tal e que podamos suas tentativas de reconstrução. Esses corpos lutam por sua legitimidade e hoje o estado custeia sob um forte arsenal de condições a cirurgia de mudança de sexo para os sujeitos transexuais quem se identifica como "em crise", ou seja, essas sexualidades estão ligadas a patologia, e no contra poder há uma corrente que exige essa despatologização. Principalmente porque não é uma questão de demanda hegemônica as questões das identidades Trans  pode-se inclusive  ir para além de um gênero definido, enquadrado nas normas, legitimamente reconhecido pode-se querer viver exatamente  no trânsito  dos gêneros, sem que necessariamente sinta necessidade de mudança de sexo.

E aí , o que fazemos com isso? O que fazemos com essas demandas? Fechamos os olhos ? 
Simplesmente lhes empurramos vestidos para se sejam mulheres, calças para que sejam homens? 

A pele que habito provoca nosso próprios desejos, provoca nessas próprias estabilidades sexuais e prova através da relação Cristina, a vendedora e Vera , ex-Vicente, que apesar de toda mudança corporal de gênero o desejo dele é heterossexual. E no inverso da situação, Cristina que antes os despreza enquanto corpo masculino, lhe olha com desejo homossexual lésbico, ao identificar aquele corpo feminino.

Em fim , o filme é um exercício de reflexivo sobre as possibilidades, sobre os saberes , sobre os desejos em fim,  é uma delícia.






quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Invisibilidade Pública.

A linha de ônibus Vilas do Atlântico-Praça da Sé após as 21 hs, está quase sempre cheio o bastante para algumas pessoas ficarem de pé no veiculo.


Quase todos os dias Travestis, profissionais do sexo que trabalham na orla utilizam desse meio para chegar em seus pontos, na altura de Jaguaribe,Piatã.O desconforto das pessoas é nítido, sempre em troca de olhares , risinhos e coemtários sugestivos, as travas fazem disso piadas,risadas, e balançar de cabelo.

Mas nessa noite foi diferente.O ônibus tinha lugar vazio. Três belas travas, arrumadíssimas, risonhas, e abusadas entraram no ônibus e nao se sentaram.Se mantiveram as três de pé, curtindoo vento no cabelo. O desconforto dos passageiros ,como sempre intensos, um acordo moral de repovacao pairava covardemente no ar.

Tentei amenizar a situaçao imaginando que não sentariam por opção, ateh quma delas encostou-se claramente dando sinais de cançaso do equilíbrio do salto no ônibus.


Fiquei muito incomodada com a situação quando me dei conta que elas não sentariam. nos 15 minutos de viajem pensei e entendi que era como se fosse um contrato social dos passeiros “legítimos” e as passageiras abjetos.

Os passageiros “normais” determinavam em seus olhares que sentar já era demais.As travas entenderam a mensagem,não sentaram,mas sambaram...espalhafatosas,fechativas, lindérrimas...com sueus trajes curtos provocaram, riram,subverteram, fizem seu espetáculo de pé.

Eu ,até compreender todo processo, fiquei a observar apavorada com o contrato velado entre os usuários ditos “normais” e encantada com a forma que mesmo num espaço extremamente opressor e que lhes é de direito as moças sambaram em cima da situação.

Elas seguiram pra sua lida de trabalho ...e eu reflexiva pensando que presencicei somente esse episódio....e comecei a pensar que essas travas indo ao médico,as farmácias,ao mercado,comprando roupas....e que esse processo foi resignificado por elas como uma micropolitica capaz de lhes garantir o acesso ao mundo, mesmo através de sua própria caricatura e pela via do humor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Calmaria

As crises vem para  nos fazer crescer? n sei, mas parece que passou.
Já consigo respirar sem dor. Nao sei  por quanto , e sinceremente, nao quero saber, tenho tentado me desapegar o máximo possivel desses sentimentos e pensamentos de insegurança,pq segurança é uma cretina de uma ilusão.
Agora vivo um final de ano  feliz.Calmo, com luz no caminho.
Minha ultima mexida foi na espiritualidade.
Fui  no terreiro e a mãe jogou para mim...me senti tão bem....e a mae me descreve:
Ogum na cabeça
Oxum dos dois lados 
Oxalá no meu caminho,fundamento fortissimo.

Me disse tanta coisa linda e ao mesmo tempo coisas pra me alertar.

ADOREI.

Experiência incrivel.

PS.: Saudade  de meu povinho de Santa Maria.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

castelo de areia

...e de repente me vejo onde sempre soube que estaria. Estou zonza  epensnado muitaas coisas.Principalemne no quanto estou indo muito rapido nas minhas novas convicções.hj mesmo falava com um amigo sobre autpo  conhecimento e agora estou aqui nessa situaçao,em que me coloquei.
Sofro muito,porque estou certa.Sempre estive.E nao queria estar.Queria muito que a vida tivesse me surpreendido eme mostrado que pode ser possivel.Dói muito.Demais tudo.
EU não sei exatamente como agir agora,sei que preciso fazer alguma coisa por mim e por nós.Preciso pensar num jeito de reconstruir esse pedaço devida,esse opesaço de sonho,meu coracao tapartido esaber que as coisas estao desse jeito e que isso era tao previsivel é motivo demuitas lagrimas.Acho que hoje umas coisas em mim doeram mais, outras coisas que se desmoronamra.O silèncio que confirma  tudo, as consequencias das escolhas.
O que fazer diante dessas coisas  todas?
Como faço para olhar pra frente se nao consigo se quer olhar para o lado?
Que artigo vou artigo vou conseguir produzir?
Que pesquisa vou levar adiante? De que adiantou tudo isso entao?
Eu queria que as coisas fossem mais simples,e que fossemos felizes assim.
Eu queria tanto ....

Monogamia?


Entrevista da Marie Clair com a Rede de Relações Livres . Muito boa.



"A monogamia já era"

Entrevista completa de Regina Navarro Lins para a

Revista Marie Claire deste mês.

Em dezembro sairá a entrevista

com a Rede Relações Livres.

.

MC - Então a monogamia está com os dias contados, é isso?
RNL - É evidente que eu estou falando de tendências de comportamento, não de mudanças em curto prazo. Hoje, a maioria dos casais pode me achar louca de afirmar que o casamento monogâmico já era. Mas há, no mundo todo, sinais que mostram que casais mais liberais tendem a ser mais felizes. A revista do New York Times deu recentemente a seguinte capa: “Infidelity keeps us together” (A infidelidade nos mantém juntos) . É um exemplo disso.
MC - E por que isso nos faria mais felizes?
RNL - Nada é garantia de nada. Mas já sabemos que esse modelo que inventamos não deixa as pessoas felizes. Quem casa e opta por se reprimir em respeito ao outro pode pagar um preço muito alto. Você pode até controlar o seu desejo, mas ele vai continuar existindo em algum lugar. Daí, anos depois, você descobre que seu marido não fez o mesmo. Pronto, seu mundo caiu. Agora me diga, com toda a sinceridade: por que quando uma pessoa se casa não pode transar com outra? Historicamente, eu sei que era porque o homem não queria que sua herança fosse de outra pessoa. Mas, fisiologicamente, isso não faz sentido. Está mentindo quem diz que nunca teve tesão por outro além do marido. E mais, sexo é feito bateria de carro: se você não usa, descarrega. Por isso, o casamento monogâmico é o relacionamento no qual menos se faz sexo.
MC - É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?
RNL - Sim. O que gera sofrimento não é a traição, mas a crença no pacto de exclusividade. E o pior é que a maioria dos meus colegas não vê isso. São um bando de caretas, sabia? Todos, sem exceção, justificam a traição dizendo que o casamento vai mal ou que o amor acabou ou porque um deles quer se afirmar. Gente, não é nada disso! As pessoas têm relação extraconjugal porque variar é bom, não porque o amor acabou! Isso vai completamente na contramão do que se busca hoje: a individualidade. As pessoas querem se testar, se conhecer, perceber seus limites. É por isso que o amor romântico tende a acabar, por pregar o fim da individualidade por respeito ao outro.
MC - Que outros sinais mostram que essa mudança já começou?
RNL - É só ver a quantidade de casas de suingue que tem por aí, mulheres traindo e assumindo casos, buscando sua felicidade sem se colocar como subestimada. E não são mais pessoas procurando salvar relações falidas. São jovens que vão atrás de prazer e ponto. São tendências que apontam a mudança de mentalidade. Cada vez menos pessoas vão querer se fechar numa relação a dois e optar por relacionamentos mais soltos. Se bobear, minha tataraneta (ela tem uma neta de 15 anos) vai dizer: “Gente, tadinha da minha tataravó, precisava ter um parceiro só para tudo” (risos).
MC - O que você está propondo é uma espécie de poliamor?
RNL - De certa forma, sim. O poliamor implica ter relações sexuais e afetivas com pessoas diferentes. É assim: eu amo meu marido e transo com ele, mas também posso transar com outras pessoas, ir com elas ao cinema, viajar. Fazer o que quiser, com quem quiser, sem obrigação de exclusividade. Eles não amam com o sentimento de posse sobre o outro, por isso não sentem ciúme. Para eles, o ciúme está ligado ao medo da perda.
MC - Mas esse amor livre não poderia facilitar o abandono, aumentar a possibilidade da perda? Ou não seria uma forma de se proteger contra ela?
RNL - Mas nesse tipo de relação livre não existe a possibilidade de ser trocado, porque as pessoas não precisam escolher. Veja, muitas pessoas são abandonadas, certo? Aposto que 100% delas viviam uma relação supostamente monogâmica. Ou seja, uma relação fechada não é garantia de que você nunca será abandonado. A vida toda nós fomos instruídos a dirigir nossa energia amorosa e sexual para uma pessoa só e é nisso que a gente se apega. Daí, se isso não dá certo, sofremos horrores. Sentimo-nos abandonados, jogados às traças. Mas, na verdade, o abandono acontece já nos primeiros segundos de vida. No momento em que saímos do útero da mãe, já vivemos o sentimento de falta. Aquele conforto e segurança, não teremos nunca mais. Por isso, crescemos tentando reeditar o que tínhamos no útero. E, com essa n ossa cultura, a coisa fica ainda pior. Em vez de ensinar o ser humano a viver sozinho, a sociedade prega que é preciso achar alguém que o complete, sua alma gêmea. Isso é a ilusão do amor romântico.
MC - Você acha que daqui a 40 ou 50 anos os casais monogâmicos serão minoria? Sofrerão preconceito?
RNL - O que eu espero é que haja espaço para tudo, sem preconceitos. Não seria certo que a regra fosse “agora todo mundo vai ter de transar com todo mundo” e que os casais que optaram pela monogamia ficassem excluídos. O importante é que cada pessoa escolha sua forma de viver e não reproduza um modelo por inércia nem medo de sofrer preconceito.
MC - A internet ajudou a acelerar essas transformações?
RNL - Sem dúvida. Ali, tudo é permitido. Quando criaram os primeiros chats, eu fiquei louca para saber como era o sexo on-line. Em 1998, por pura curiosidade antropológica, passei alguns dias fazendo sexo virtual. Queria muito saber se era possível sentir prazer com uma pessoa a distância, e hoje sei que é. E eu não me masturbava, viu? Não conseguia digitar e me tocar ao mesmo tempo, mas quando acabava a transa me sentia exausta, satisfeita mesmo. Foi uma experiência muito legal.
MC - Você já fingiu orgasmo?
RNL - Ah, já. Há muito tempo. Devia ter uns 20 anos quando fiz isso pela última vez. Era uma garota ansiosa como tantas outras. Mas acho isso horrível. Sempre digo para minhas pacientes não fingirem, senão elas vão viciar o homem em um modelo errado, acostumá-lo a achar que orgasmo é algo fácil e corriqueiro. E não é! É uma maravilha que custa para ser alcançada. Isso está diretamente ligado à autoestima. A mulher que gosta de si não tem problemas em fazer o homem trabalhar mais e melhor para fazê-la gozar. Agora, a que sofre de baixa autoestima se sente constrangida e finge para acabar logo com isso...
MC - Quando garota, você não sonhava com o príncipe encantado?
RNL - Não. E minha irmã dizia que eu tinha alma de homem, porque criticava o fato de ela ficar esperando o príncipe dela.
MC - Feministas mais radicais não gostam que os homens paguem a conta. É o seu caso?
RNL - Hoje eu pago, amanhã ele paga e depois dividimos. Prefiro assim. Cansei de ouvir mulher dizendo: “Ah, só me faltava essa: pagar motel!” ou “Não me incomodo de dividir restaurante, cinema, mas motel quem paga é ele”. Isso me revolta. Se os dois vão ter prazer, não há qualquer problema em dividir a conta. A mulher não é uma prostituta que está ali para servi-lo e por isso cabe a ele pagar por tudo.
MC - Mas e se o homem quiser pagar? Qual o problema?
RNL - A questão que eu quero colocar é chega de que “homem deve pagar a conta do motel simplesmente por ser homem”. As mulheres querem os benefícios da liberação feminina — tipo casar dez vezes, transar na primeira noite, ganhar bem —, mas não querem o ônus. Se os direitos são iguais, são iguais também os deveres. Isso é puro machismo! Não conheço homens que sustentem a mulher e não usem isso contra ela. O dinheiro confere poder, faz com que a gente se sinta superior. Tanto que eu, se só tivesse duas opções, sustentar ou ser sustentada, ficaria com a primeira. Deus me livre ter de pedir dinheiro para comprar minhas coisas (risos).
MC - Condena o cavalheirismo?
RNL - Não, mas sei que ele é uma herança da cultura patriarcal da Idade Média que se disfarça de gentileza para atestar a força masculina e a fragilidade feminina. Gentileza é uma via de mão dupla. A mulher também pode mandar flores, assim como o homem pode ser gentil cozinhando. É tudo convenção. Que tipo de homem deseja proteger uma mulher? Certamente não um que a veja como uma igual, mas aquele que se sente superior a ela.
MC - Por isso o homem está em crise?
RNL - Sem dúvida. Para os que não se libertaram do mito da masculinidade (ou seja, a maioria), as mulheres que combatem o cavalheirismo são uma afronta. Eles se sentem ameaçados, pois não conhecem outro papel senão o de guardiões, protetores. Para eles, essa mudança é muito nova. No século 19, o marido tinha o direito de bater na mulher com uma vara do tamanho do seu antebraço e da grossura do seu dedo médio. Parece piada, mas é verdade! Depois me perguntam se eu sou feminista. E dá para não ser? Só não é feminista quem quer continuar vendo a mulher ser oprimida.
MC - A febre dos sex shops mudou o padrão dos relacionamentos?
RNL - Não. Mas deveria. As mulheres, principais frequentadoras de butiques eróticas, ainda ficam tímidas. Compram, no máximo, pequenos artigos para se masturbar. Não para transar junto com o parceiro, porque os homens entram em competição e acham uma ofensa. Chega disso, gente (grita)! Temos de combater o preconceito pelo menos na hora da transa. O sexo com o parceiro e o vibrador ao mesmo tempo é fisiologicamente imbatível. Enquanto o parceiro cuida da penetração, o vibrador estimula o clitóris e o orgasmo é duplo, mil vezes mais intenso. Incomparavelmente melhor.
MC - Você e o Flávio usam? Isso não é um problema para ele?
RNL - Usamos, claro. O Flávio é superbem resolvido. Uma vez fomos à Praia da Pipa e, quando me dei conta de que tinha esquecido o vibrador, peguei um táxi e rodei Fortaleza inteira atrás de um sex shop. Comprei um novo, grandão. Para que vou me conformar com um orgasmo simples se posso ter um duplo?
MC - O que é mais comum: que a pessoa sofra porque foi traída ou que ela sofra porque, depois de traída, foi abandonada?
RNL - As pessoas morrem de medo do abandono, e o problema é justamente relacionar isso à traição. Uma coisa não tem a ver com a outra.
MC - Nesse caso, estamos falando da traição simplesmente sexual. E quando ela é emocional, quando existe um envolvimento amoroso?
RNL - Não usaria a palavra traição em nenhum desses casos. É pejorativo demais! Trair, para mim, é alguém estar comigo por algum interesse e não por amor. Relação extraconjugal não é traição, é a coisa mais banal que existe. As pessoas deveriam se preocupar em responder a duas perguntas: 1) me sinto amada?; 2) me sinto desejada? Se a resposta for sim para as duas, tenho certeza de que está tudo bem na relação. No fundo, isso é o que importa.
MC - E se a resposta for não?
RNL - Aí a questão não é ter ciúme ou ser traída. É se vale a pena continuar numa relação mesmo sem ser amada. Na minha opinião, quem não se sente amado deve partir para outra. Isso é vida. Tem pessoas infelicíssimas dentro do casamento, se agarrando como náufragos um na perna do outro só para não ficar só. Isso é uma fantasia.


domingo, 6 de novembro de 2011

Doce novembro.

Aaaahhhh...Doce novembro.Chegando com tudo.Hj estou fazendo a lembrança do 8o. aniversário da minha filha. Muitas coisas transpassam esse tema,e muitos sentimentos se difundem e me confundem.Parece ter sido ontem quando lembro de mim parindo.Parece ter sido em outra vida  quando olho para o pai dela.Uma das coisas mais esquisitas pra mim é isso.Tentar pensar que em algum momento aquela pessoa fez parte de mim a  ponto de fazermos uma filha.
Minha  filha é linda eme sinto culpada por não me sentir ser a mãe melhor que poderia ser.Uma coisa boa é que sei que toda mae sente isso, principalmente quando não se tem só um filho, outra coisa q me faz menos culpada é saber que essa culpa vem  embutida no discurso hegemonico sobre o drama romantico materno, do qual não participo, não me enquadro e nem compactua na difusão.

Mas o assunto aqui é o tempo.

Tempo que me voa e se esvoa em mim.

Já  já meu tempo será outro, meus sentimentos serão outros e  meus filhos estão crescido,medando outros tipos de traballho.

Em fim novembro eh lindo, que dmore dezembro...pq  o natal me enoja..

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Salvador-Recife -João Pessoa

Aqui estou  eu.Viajei trancendentalmente no tempo,sai de Salvador as 20:10 e cheguei em Recife as 20:20.Hahahha,aqui n tem horario de verao e isso eh cansativo.
Ganhei uma hora a mais no aeropoto....que aliás é ESCANDALO!!! luxo!
Estou animaddisma com minha   viagem.
1o. porque é uma viajem!
2o. pq   vou apresentar artigo
3o. pq respiro.

mais um monte de motvio q descobrirei já.

Estou no aeroporto de recife pq a passagem pra Joao Pessoa tava carissima, ai comprei pra ca,só qchgeui en tinha mais onibus pra JP, entao terei qesperar o primeiro de amanha as 5 da matina.Vai ficar cansativo,tava doida pra ta la já...mas eh isso...faz parte da viajem.
Esse tempo aqui eh fundamental para respirar comer, escrever, ver greys anatomy e o q mais vier.

Minha ida sedá para o III Seminário Nacional de genero e praticas culturais. vou apresenta ro trabalho "Entre subversao e convencao da norma em praticas escolares." Ansiosissima!
Amanha as 9 tou no congresso ja.
Estou no aeroporto ecomi uma pizza terrivel,deixei toda no prato,pensoq quando  a garçonete vier pegar a pizza vai ser constrangedor.Mias ainda pro meu bolso.

Em fim...voltareia teh o fim danoite se for o caso....enquanto isso.Greys Anatomy!

sábado, 1 de outubro de 2011

Agora

Agora as  coisas  vão se aclamando e começo a enxergar minha vida. ....Aprendendo a lidar com mais uma adversidade da vida...Nunca quis tanto morar na minha casa.Nunca.Ta cada  dia mais dificil para mim isso.Ao mesmo tempo eu sei que esse nao é o momento.Porque ainda tenho um ano inteirinho  de estudar a noite.O meu consolo é saber que a cada dia que passa nunca estive tão perto  disso.
Precisando do meu espaço,precisando sair daqui,precisando respirar outro ar,montar minha bagunça em outro lugar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

bem melhor,mas ainda em processo.

...Por exemplo ainda estou  com fone de ouvido pela mundo...ainda escuto Leoni. Rsrsrsr
Mas  tou muito masi tranquila.
Terça feira vou na Casa da Mãe...tao bom aquilo.
Tenho  vivido  dias que parecem ser inertes,mas de profundo crescimento.
Sinto coisas inéditas com relação a vida.Coisas indiziveis.hahahhaha ainda bemq estudo teoria Queer,tem funcionado perfeitamente como  auto -ajuda pensar em uma lógica pós identitaria.
tenho tentado me concentrar em algumas coisas séria.A primeira é me organizar financeiramente....tenho  alguns planos.Preciso tb me preparar para me tratar no q tenho na tireoide,seja la oq for  precisa de atenção.Preciso me cuidar.é isso sem vontades...........
leoni pra dentro:

Melhor Pra Mim


Leoni

Olhando as estrelas

Nada no espaço

Fica parado no lugar

A terra se move

Os carros na estrada

Eu dentro de um deles

Corro mais

Só prá te encontrar...



Olhando o relógio

O tempo não passa

Quando eu me afasto de você

Mas se de repente

Ele fica apressado

E as horas disparam

É só porque encontrei você...



E aí tudo muda

Olhando pro céu

E aí tudo muda

Penso em você e eu...



A ciência confirma os fatos

Que o coração descobriu

Nos seus braços

Sempre me esqueço

De tempo, espaço e no fim...



Tudo é relativo

Quando te fazer feliz

Me faz feliz

Se a história for

Sempre assim

Melhor prá mim...



Olhando as pessoas

Falando de espaço

Mantendo distância

Sem saber

Que antigas verdades

Viraram mentiras

E nada protege

De uma paixão

Vir acontecer...



E aí tudo muda

Olhando pro céu

E aí tudo muda

Penso em você e eu...



A ciência confirma os fatos

Que o coração descobriu

Nos seus braços

Sempre me esqueço

De tempo, espaço e no fim...



Tudo é relativo

Quando te fazer feliz

Me faz feliz

Se a história for

Sempre assim

Melhor prá mim...



E aí tudo muda

Olhando pro céu

E aí tudo muda

Penso em você e eu...



A ciência confirma os fatos

Que o coração descobriu

Nos seus braços

Sempre me esqueço

De tempo, espaço e no fim...



Tudo é relativo

Quando te fazer feliz

Me faz feliz

Se a história for

Sempre assim...



A ciência confirma os fatos

Que o coração descobriu

Nos seus braços

Sempre me esqueço

De tempo, espaço e no fim...



Tudo é relativo

Quando te fazer feliz

Me faz feliz

Se a história for

Sempre assim

Melhor prá mim

Melhor prá mim

Melhor prá mim

Melhor prá mim

Melhor prá mim...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Repetição.

Tá se repetindo tudo iguazinho e a culpa é minha , tou dei ando isso acontecer , tou cedendo o controle , ele está comigo eu não o perdi , tem momentos que ele ta em minhas mãos, o sinto...ele está aqui. Não  posso deixar ser mais forte que eu meus pensamentos. Não posso viver a 4 mil quilometros uma vida que nao é minha e que escolhi que nao fosse... até porque a vida é muito mais do uqe dez dias de nao dormir e nao acordar , é muito mais que tudo aquilo , um mês lá não teria a intensidade desses de dias.
Eu escolhi ir e preciso assumir issso como uma mulher ...
Dane-se se a vida lá é masi tranquila , se ando pelas ruas destemida, se tenho arvores que gosto, se amo aquelas pessoas que nunca sei como as encontrarei e quando acontecerá... dane-se , a minha viad ta aqui e eu preciso vivê-la. Nâo vou ficar esperando por anda , pq não há nada para aconteceer. Não vou cometer uma loucura , não vou aventrar , não vou colocar meus filhos nisso, não vou deixar Bê aqui , não vou abandonar meus planos acadêmicos. Se não vou fazer isso então preciso voltar... preciso lembrar o que era minha vida e quanto gosto dela aqui. As coisas estão mehorando e tudo tende a ficar masi fácil até para v~e-los mais vezes ... tomar mate na lola, comer um Xis na frente da lareiria, passar a noite em claro tentando resolver problemas que não são meus.
Estou aqui. Quero estar aqui. Esolhi isso.

Dessa vez não vou demorar tanto pra voltar e tudo será melhor e tudo será mais tranquilo e tudo será como sempre é....

One

U2

Is it getting better?
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now?
You got someone to blame
You say one love, one life
It's one need in the night
One love, we get to share it
Leaves you, darling, if you don't care for it.
Did I disappoint you?
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without
Well, it's too late, tonight,
To drag the past out into the light
We're one, but we're not the same
We get to carry each other, carry each other
One
Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus
to the lepers in your head?
Did I ask too much, more than a lot?
You gave me nothing, now it's all I got
We're one, but we're not the same.
Well, we hurt each other, then we do it again.
You say:
Love is a temple, love a higher law
Love is a temple, love the higher law
You ask me to enter, but then you make me crawl
And I can't keep holding on to what you got
When all you got is hurt.
One love, one blood
One life you got to do what you should.
One life with each other: sisters, brothers.
One life, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other.
One! One!
Uh Uh uhu
O Aah
Mary, MAry, Mary
Aaaaaaaaaa
Aaaaaaaaa

Respira, relaxa e corre.

Calma.
Vai passar, serão só lembranças e serão suficientes.
Calma.
Nao faça anda, qualquer passo agora pode ser falso.
Calma.
Tá  tudo  bem.
Calma.
"...estarei sempre  aqui".

Tem horas que  preciso me lembrar.

Saudade



Banda Fuga



Confusão de sentimentos

Tristeza no olhar

Sistemas de um novo tempo


Difícil de encarar


É, quem sabe sou eu que tô lento

Eu sei não posso parar

Lembro de um doce momento seu


É inevitável chorar


Ainda existe uma chance

Ainda existe um lugar

Embora nesse instante

Eu não consiga encontrar



Lembro conselho do amigo

Cuidado ao olhar pra trás

É fácil trocar o rumo


Difícil é nele voltar

Passageiro de um eterno momento

Que não sabe onde pode parar

E essa angústia que corrói por dentro


Um dia tem que parar

Ainda existe uma chance

Ainda existe um lugar

Embora nesse instante

Eu não consiga encontrar



A única certeza é a incerteza do teu amor

A única certeza é a incerteza do teu amor, pra nós dois

A única certeza é a incerteza do teu amor, amor, amor, amor

A única certeza é a incerteza do teu amor, pra nós dois

 
Recomendo ouvi-la.

Voltando aos poucos.

Da outra vez foi muito pior...porque ja sai daqui desequilibrada...em busca de mudança havia encontrado ali a possibilidade de mudar tudo, como desejava. Foi intenso e breve e assim tive que voltar e resolver as coisas que aqui estavam pendentes....misturei  sentimentos,tomei decisões.
Dessa  vez sinto a mesma sensaçao de nao pertencimento aos lugares. Me sinto  zonza....como numa crise de labirintite eterna....as ruas estão barulhentas e vazias.A diferença é que amadurecemos e aprendemos a  lidar melhor  com as situações, não  há crise, e  vivo uma vida que pode ser reconhecida como feliz. Mas  o maior diferencial.....a maior potencia de todas  é sem duvidas a minha vida acadêmica...todinha, desde entrar naquele portao, andar pelas ruas da Universidade até  minhas aulas,minhas dicussoes....o grupo de pesquisa...meu ápice de força.
...E nessa confusao nao me dedicado a ele como deveria.

E agora  como estou?

Melhor.Sinto muita falta ,  muita  saudade, uma coisa que se eu deixar crescer me engole. Preciso do meu autocontrole, preciso olhar pro lado e enxergar a realidade e sentir ela como a melhor para mim. Minha inquietude e imediatismo podem causar  muitos estragos e tenho que  pensar em muito e muito.

Agora, é voltar.... encontrar uma forma de poder estar mais perto sem sacrificar tudo...ir mais vezes, num  espaço  menor de tempo pode amenizar tudo isso.

É isso, estar lá mais vezes em um espaço menor de tempo.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Meu pedaço de lá.

Acho que precisarei ir umas 30 vezes duas vezes ao ano lá para poder desencantar. Até o frio.....até os problemas, até tudoque eu penso contrário,tudo me faz querer ficar.Aquela vidinha simples, aquele cheiro demato, aquelas pessoas pelas ruas, aquele sotaque  carregado.Foi perfeito, fiz tudo que queria, vi todos que queria ....volto logo.

domingo, 14 de agosto de 2011

Estive pensando...

Que muito provavelmente essa viagem terá a cor do desencanto. Por um lado rever pessoas é sempre bom...por outro dessa vez estou indo diferente.Muito diferente...não sei o quao tolerante estarei para pessoas que eu tolerava  simplesmente  por nao ter  apostura politica que assumi hoje. Vai ser bom. Por outro lado ir la falar prum bocado de ojvem o quao bocó nós somoes edesperta exclaçoes em suas cabeças vai ser incrivel. Apresentar meu trabalho em Rio Grande tb.
Dificilvai ser me desvencilhar daminha   rotina...muito dificil...acho que acordarei no mesmo horario que as crianças e demorarei a me acostumar que nao irei por dez dias pegar Joao na Lua Nova. Fazer dever com  Duda...tirar ela do computador, mandar pro banho ,se arrrumar pra ir pra escola....arrumar  lannche....Em fim...terei que me acostumar comigo la,nesse novo contextoo...com outras possibilidades e deixando aqui minha deliciosa  massante e neurotica  rotina.
Olhar meu  nenem dormir, ver os sorrisao de Duda e congela-los em mim.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Minha alma já ta lá.

Esses dias entrei aqui e reli os posts de 2008 quando fui a ultima vez em Santa Maria....Aiaiaia,   nunca imaginei que voltaira la essse ano.É um presente bom demais.Virar  noite conversanto, tomando mate,fumando cigarro e tremendo de frio. O dinamismo da vida pode assustar se eu párar pra pensar que daqui a pouco eu estrei relendo sobre agosto de 2011 num afastamento de tempo imperdoavel.

Quero mais é que tudo mude,sempre.

Planos pré-viagem:

-comprar coisinhas de lembrança;
-pegar mais roupa de  frio,
-comprar meia
-salão de beleza dia 17!!!!

...

Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você

...

sábado, 30 de julho de 2011

Agosto à gosto....aaaah....gosto!

uiUiuiUi. Frio ja bate em mim. Contagem regressiva mesmo.A partir de hoje faltam 18 dias para eu viajar.Tenho mil-coisas-pra-fazer até lá.
Essa viagem ta me deixando sem dormir.  Como sempre.Estou muito na expectativa do meu trabalho.A possibilidade de Felipe e Eik irem lá me deixaram mais ansiosa.
Ver a Loooola!!!!!!!! Mateus,Leos,Nessa,Nine,Sô, Camilinha,Cris,Vini,Celo...oooo tantas coisas pra sentir e contar.
Eu ja consegui umas roupas bacanas de frio....e ainda faltam algumas coisas. Preciso semana que vem imprimir meu pôster !!!
Hj vi que no dia 8/8 vai ta previsto -2 graus.UHUUUUUUUUUUU, des dias antes de eu chegar.Em dez dias a temperatura pode subir um pouquinho né? HAHAHAHHA Medo!!!!

Só uma observaçao:

nao faço nenhuma questao de sere rebelde, se assim eu fosse é porque estaria reprimida.E ja me prometi que nunca mais na vida vou me sentir assim.

sábado, 9 de julho de 2011

Eu vou lá.

..depois de três anos em um contexto completamente outro,  vou voltar  no Sul. Rever as pessoas que por tempos  ficam sendo  só virtuais. Sentir o frio de agosto, e experimentar participar de um evento  academico de forma ativa. Vou expor meu trabalho, estou ansiosa com isso.
O trabalho que fiz com tanta  dedicação, em tempo recorde e que foi selecionado com tantas qualidades citadas pela comissão  organizadora. Estou super orgulhosa de mim, estou fazendo o  que gosto, o que acredito e vivendo como gosto...criando minhas oportunidades e aproveitando-as de forma intensa.
Dessa vai será  bem  diferente...não estou em busca de resposta,estou onde  gostaria de estar.Vou com um objetivo e me dando o direito de ususfrir do bom de estar lá.Comida,  pessoas, matança de saudade. Deixo aqui meus amores, meu Bê, Duda e Joao. Dessa  vez voltarei doida para voltar....nao tenho a menor dúvida.E cheias de certezas.
Acredito muito que quando uma coisa tem que ser uma manisfestaçao universal acontece de forma que tudo lhe leve a aquele caminho....tanto era para ser assim que consegui enviar o trabalho, recebi  incentivo do grupo, minha irmã me ajudou muito....depois  consegui o mais dificil: Dinheiro  para comprar a passagem sem desfalcar nosso orçamento. Tudo deu ceto, tudo saiu coomo tinha q sair se fosse  para eu ir.
Agora...vou me concentrar, treinar apresentação, falar com pessoas  sobre o assunto, e  arrumar a minha mala de frio.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O primeiro de muitos.

Termino meu semestre com todo gás. Meu tabalho academico foi aceito no V Seminário de Corpo,Gênero e Sexualidade na Universidade do Rio Grande. vai ser um pôster com o título: Manutenção equebra da heteronomatividade na escola.


Tão feliz!!! Me joguei, em dois dias consegui deixar meu trabalho prontinho pra submeter e aí ....lá vamos nós para o Sul. Minha terrinha colorida efria,com meus amigos lindos. Sempre bom volttar lá...ainda masi pra apresentar um trabalho que acredito muito.

Vai ser lindo. Agora é correr atrás de passagem e grana pra viagem.... desconfio que tudo dará certo porque comigo as coisas sao assim.... quando começa a dar certo, nada me segura.Vou chegar aqui já na sequencia do próximo trabalho.... Enlaçando a Sexualidade. E assim dou inicio aminha tragetória muito satisfeita com minhas produções.

Lá,vamos nós!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Acabou o semestre? Como assim?

Geeeeeeeeeeeeente...... acbaou-se. Esse semestre foi assustador. Como se no bastasse ser rapido...a Universidade parece q nem tinha começado ainda e ja ta terminando.... fim de semesre com cara de começo é sinal de que houve falha de algum lado.Ou eu nao acordei, ou a Ufba que nao deu conta.Confesso que tive um semestre de muitas extensões (AMEIII) e de muita farrinha, tive um semestre de muito comprometimento com o CUS tb. Aliás, acho que esse foi meu primeiro semestre la, ali  que senti a leveza da Universidade.... tive problemas com duas materias com relaçao a contrataçao de professores e senti me em diversos momentos de ter a disciplina anulada, mas isso n aconteceu...tudo bem q foram componentes nulos na pratica pq n absorvemos muita coisa...mas é isso...  as extensões compensaram.MUITA coisa  pra fazer!

E ai essa é a fase do ano que mais bombo. Esse inicio de segundo semestre sempre acontecem coisas.E tenho algumas possibilidades fortes de trabalho academico pra apresentar em eventos que estao em ALT...esperando grana e ajustes mas é certo que em pelo menos duas eu vou colar.

A Casa da mãe enfeitou meu semestre o contribuiu para minha sanidade. Conheci mil pessoas tudo aver comigo e me  encontrei  de novo em um grupo muito aconchegante.

Vamo q vamo...que 2011 pelo visto ja é quase 2012.UHUUU

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Post abaixo

...É exatamente tudo que penso como ideal de relação. Desde muito pequena penso nisso.....e era sempre como uma grande utopia. A Rede de Relações Livres concretiza e dá vida a tudo que sempre pensei.Lindo! Pessoas lindas...pra frente. Penso muito a respeito e no mínimo me interesso  profundamente por tê-los como objeto de estudo e inspiração refelxiva. Encantada.

Sobre a Rede:

http://rederelacoeslivres.wordpress.com/

Sexo, Prazer e Afetividade

Nossa antiga e pesada tradição de moral sexual repressiva (que combina infantilismo sexual e romantismo) morreu.

Mas o cadáver é herdado como cultura moral ainda hoje e de vez em quando é apresentado como espantalho pelas antigas e novas religiões. Apesar disto, do ponto de vista intelectual, a crítica da moral sexual tradicional é devastadora.

Não sobra pedra sobre pedra.

Para quem quiser seguir apenas uma linha da trilha… veja nos 130 anos que vai da publicação da teoria da família de Engels, passando pela visão de sexualidade de Freud e Kinsey, das críticas anti-repressivas de Reich, do feminismo, às rebeliões juvenis, a “revolução sexual” da década de 1960 e aos movimentos GLBT, aos atuais congressos mundiais de sexologia…até, no Brasil, Robeto Freire, Gaiarsa e Regina Navarro Lins.

Mesmo que o problema permaneça na cultura… como mortos insepultos, aqui queremos abrir uma nova proposta para o século XXI.

Para nós, solteiros e casados deixam de existir. Aquela antiga oposição entre ser livre com sexo casual versus ser comprometido com sexo empacotado e rotineiro desaparece.

Hoje… a concepção de relação livre organiza a vida de tal forma que vivemos, a um só tempo, às relações afetivas estáveis, continentes, baseadas na densa amizade mas também, e simultaneamente, as relações organizadas pelo prazer mesmo da atividade sexual, sem outra decorrência. Nossa estrutura não é pelo casual ou pelo estável, mas por uma livre combinação de ambos, que ainda permite outras intermediárias.

Não estamos com Sílvio Santos: “é namoro ou é amizade?”. Não queremos a esquizofrenia de “profundo ou casual”. Do “amoroso ou prazeiroso”.

Porque tudo isto nos interessa imensamente… e ao mesmo tempo.

O sexo não deve ser restrito a relação afetiva ou que tenha que acabar nisto. As pessoas podem vivenciar as potencialidades da sexualidade sem estar ligada ao amor. Há um afeto específico da relação sexual imediata, que tem de ser exercitado de forma específica.

Não há razão para subordinar ou associar necessariamente a dimensão sexo-prazer à ordem estável das relações afetivas duradouras. O sexo-prazer permite uma intensidade de troca que o sexo-afeto não permite, já que a variedade de parceiros que ele oportuniza acelera trocas só possíveis nestas condições. Isto implica em mais aceleração de crescimento, de encontros.

O sexo-prazer deve libertar-se de uma estruturação sentimental muito pesada, ganhar vida, livre exercício. O amor não pode (por seus grandes méritos) sufocar esta específica possibilidade. A negação de uma esfera simples de sexo-prazer deriva de uma restrição de vida, incapaz de ver a beleza do sexo quando sem continuidade e da incapacidade de superação dos traumas de separação. O que acaba gerando um sexo sob estrito controle afetivo. Uma afetivação obsessiva, negativa, restritiva, que só gera trocas sob controle. O sexo-prazer não pode estar na dependência do amor como seu legitimador. Isto gera mais sufoco que satisfação.

Também não há que se orgulhar do sexo não gravitado pelo afeto; o encontro dos corpos que não traz ao encontro o sentimento; o prazer do corpo que desautoriza o apego. Um ufanismo em torno do sexo sem sentimento não pode ser a sina de quem quer viver o sexo livremente. É óbvio que temos um arsenal inesgotável de disposição afetiva, tão ou mais constante que o desejo estrito de sexo.

Queremos sexo livre e amor livre. Sexo múltiplo e amor múltiplo… pois nós somos ricos as pessoas são singulares!

Pensamos que a vida sexual plenamente livre, absolutamente não conjugal, organizado sob as formas de relação livre, onde o sexo é múltiplo, diversificado, com pessoas livres e casais livres (sem amarras de enclausuramento), torna-se algo absolutamente simples… mas simples também podendo ser o apego, o afeto, a gratidão… o vínculo.

O grupo “Relações Livres – PoA”

vive e organiza o debate sobre relações sem restrição monogâmica.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Necessidades

O que eu necessito nem sempre é bem compreendido, e eu me proecupo muito pouco com isso. Não quero quero ser uma velha que toma antidepressivos. Quero ser uma velha de olha pra trás e sorri , que se olha no espelho e reconhece cada ruga de alegria e não só cada fio de cabelo branco de preocupação.

Abri minha vida para pessoas novas e fui atrás disso, como uma tataruga que vive feliz no mar mas que precisa levantar a cabeça pra pegar um ar.

As pessoas foram pessoas escolhidas pela minha intuição, na maioria das vezes , outras foram como uma reconpensa pelas minhas boas escolhas.

Nos dias coloridos ...mais coloridos, os outros dias não ficam preto e brancos , não, eu não tenho dias assim , e agradeço muito a Meu Deus , por isso , mas nesses dias as cores são 'fechativas"... nada de cores leves , é tudo "cheguei-azulado".

O mais legal disso é que promovi lidas interseções que acredito eu que irão gerar lindos frutos. Lindas produções e reproduções.

fase delicia , espera pelo ansiosa pelos dias assim!!!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Excluindo o marido da minha vida.

Pra mim ficou tão lógico que eu não quero casar....Eu longos anos da minha vida imaginando como seria esse dia. O dia que casaria seria um dia alegre , e um tanto fora do convencional , porque afinal de contas eu não sou nada convencional.Quando eu tive filhos e sei bem porque comecei a acreditar que casar era parte desse processo. Mesmo sem ter vivido nesses moldes familiares , com pai e mãe e filhos . Talvez, inclusive por conta disso, eu tenha querido por tanto tempo , casar, ter  no meu nome o nome dele , ter uma conta corrente pra duas pessoas e falar como SOU CASADA.Obviamente que esses pensamentos não existam assim pacificamente dentro de mim.... havia uma série de questões que me faziam (em) parecer a louca do casar ou não.

Mas ai eu tenho passado por muitas transformações em minha vida que simplesmente penso que não vejo mais nenhum sentido em casar. Eu re-signifiquei o casamento de uma forma que de nenhuma forma me vejo nele. E olhe que sou casada. hahahahhahah Não isso não significa que mudarei o rumo da minha historia, não por isso, não, agora significa somente que deixei de lado um grande peso que pra mim era estar casada. Hoje eu sei que vivo com alguem que divido minhas alegrias , minhas agustias e que nao preciso de mais do que isso. Muita coisa dentro dessa perspectiva que eu estou inserida já me causa bastante conflito , muita coisa eu penso que não darei conta , pq dividir uma vida entre duas vidas que foram construídas de forma tão  diferentes não nada fácil.

Hoje eu sei q eu não quero casar , não quero presentes , não quero convidados. Nem se quer eu quero uma simples comemoração. Eu não gosto de me modelar em moldes, e não me sinto casada, com o peso da palavra. Sim para mim é um peso enorme. Nadinha contra as 90% das pessoas que me cercam que já casaram ou que querem desesperadamente casar , nada mesmo , amo todas vcs suas insanas, só não quero pra mim.

Eu não quero um dia ser separada, eu nao quero mesmo. Esse nome é horrível. Aliás tenho implicado com os nomes das coisas, a gente discursa todos dia sobre um monte de coisa que ignora de onde vem e acaba falando um monte de merda.

Eu andei pensando em como não em sentir tão mau quando falo sobre Benito me referindo a MEU MARIDO. Pensei que dizer que tenho um namorado tb não condiz porque namorados vivem de poesias e  nós não vivemos de poesia. Não quero dizer com isso que não haja amor , isso há.  E muito.... mas o que há muito também é companheirismo .. e que eu zelo como  a meus filhos....e ai encontrei esse termo, Benito é meu companheiro e sempre que tiver agora que me referir dele não usar o PAI DO MEU FILHO para me livrar do marido , usarei o MEU COMPANHEIRO.  Me disseram que é um termo gay.. Que seja , eu sou tanto gay.

Vim falar sobre isso pois pra mim era algo que eu precisava ouvir quando me esquecer disso venho aqui e  olho.

domingo, 1 de maio de 2011

Irreversivel.

Ontem fui a uma proposta de filme feita por um dos integrante do CUS. Esse encontro já acontece há tempos dia de sábado e foi minha primeira vez. E como nada é por acaso... O filme, que quase sempre tem a temática LGBTTTI, trouxe dessa vez uma temática bastante violenta nada direcionada para o publico gay, pelo contrário.  E minha tolerância para cenas violentas é consideravelmente baixa. Só que mesmo para quem tem um "bom"  nível de tolerância , 12 minutos numa cena de estrupo ( nu e cru) não é lá muito divertido.

O filme: Irreversível.
http://www.youtube.com/watch?v=oaP6Nvw4mqg

Um filme francês, de Gaspar Noé , não conhecia ele , mas já deu pra ter uma noção de sua pegada cinematográfica.  O filme tem sua lógica sequencial invertida e isso pode ser dito tranquilamente porque não é a questão do filme.
A questão do filme se resume na frase: "O tempo destrói tudo". Daí já dá para sacar a intenção de uma visão bem pessimista da vida.
De forma geral eu gostei do filme, porque gosto de filmes bem elaborados, com boa fotografia , com uma direção diferenciada , e principalmente que causem algum impacto em mim. Não necessáriamente esse impacto , qualquer coisa que me faça marcar. Ver um filme europeu já algo ... além de qualquer coisa que já se tenha visto.
Esse filme em particular é insandecedor desde sua trilha sonora até a proprosta de seu roteiro. É um filme que indicaria para quem tem estômago e uma boa tolerância à tragédia. 
No mais me foi muito util a perspectiva pssimista de ver a vida , tenho sido colorida por demais ,e as vezes faz bem lembrar que o preto e branco não necessáriamente descolorem.

O melhor de tudo foi o debate que girou em torno do filme. Foi  levantada uma questão serissima sobre uma relação infeliz feita pelo autor do filme onde ele relacionou o estrupador a um ambiente gay. Isso é sério e minha forte crítica ao filme, fora as prolongadas cenas de violência real.

Em fim , uma boa tarde, com pessoas queridas e reflexões super úteis para mim.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ninguém me avisou.

Tenho algumas mães por perto. E são mães de primeira viagem; é lindo ver a expectativa da mãe, é lindo ver o rostinho do baby. Mas desde a gravidez a gente já se depara com coisas que manual nenhum nos ensinou a lidar.

-----Quero deixar claro que estou aqui falando de mães que como eu, não contaram com baba , até pelo menos o primeiro ano do filho. Nada contra as que tem , mas não posso representá-las completamente, simplesmente porque não vivi essa realidade.-----


Me avisaram que filho muda tudo. Que transforma a vida da gente. Que as noites nunca mais serão as mesmas e que se passa a ver as coisas de uma outra forma. E de certa forma essas informações já são assustadoras e nós na imensa onda de idiotice que somos tomadas acreditamos que ter filhos significam isso aí mesmo.


Hoje, eu com dois filhos, já olho tranquilamente para uma situação pós-filho, porém com mágoas de ninguém ter me dito exatamente COMO TUDO PODE MUDAR tão drásticamente, ninguém me disse o quão angustiante  é amamentar, nunca me falaram o processo que vai da dor, à dependencia do filho , até o doloroso desmame. Amamentar é lindo, e delicioso, mas antes de ser assim é de longe a pior parte desse processo.

 Ninguém me dissse por exemplo, que por melhor que seja seu companheiro e por mais que partilhe de tudo, por mais que seja de fato um companheiro...a avalanche hormonal passa por nós causando estragos que sentimos de forma bem particular. Além de que, a vida da gente muda por dentro de nós de forma que ir na padaria é algo a ser comemorado, deliciado e aproveitado como momento de alforria,por diversos motivos:

- Porque fazer pequenas coisas ( que os homens continuam a fazer , porque alguem precisa sair pra comprar coisas necessárias) é algo realmente dificil. Primeiro a gente se recupera do parto, depois a gente regula as mamadas do bebe , depois encaramos os medos do pós-parto, depois reaprendemos a nos permitir, ir ali na padaria.... sabe a padaria? Coisa que nem gostávamos de fazer, por que tinhamos coisa muito melhor pra fazer? Pois é pra lá mesmo que recomeçamos a socializar com o mundo além das fraldas. Porque além de todo esse processo temos culpa. Que tal? Nos lascamos e ainda temos culpa. E como  sabemos ser crueis conosco... "Enquanto eu estou na padaria me divertindo meu filho está lá com a vó, que nem é a mãe...coitadinho... péssima mãe que sou." Ainda vem um fdp e me dá um discurso freudiano sobre trauma. Pro inferno todos, inclusive Freud.


Ninguém me falou que por mais amor que eu tenha pelo meu filho eu vou ter dias de não aguentar mais trocar fraldas. E aí se começar a contar a quantitade de atividades repetidas que fazemos por dia... vamos ser compreendida quando pedimos que pleoamordedeus alguém troque aquele bebe enquanto eu lavo a louça. Sim a louça também vira algo terapeutico (sem as mamadeiras).

Ninguém me disse extamente quantas noites eu teria que perder , e que no outro dia eu não dormiria pra recuperar a ressaca , ninguémme disse aliás que perder noite pra trocar fralda é muito , muito diferente do perder noite por uma farrinha , porque aliás não farreamos toda noite.... E ninguém me disse que os homens sofrem de um um mau súbito doe sono profundo irrecuperável, e que no final das contas somos nós e os bebes. Eu também confesso que não sabia , do gosto pela vida noturna agitada deles, se sabia o que eu não tinha era noção do estrago disso dia após dia.

Niguém nunca me disse o quão eu iria ficar irritada de além de tudo isso ter que pensar em ficar bonita , e deixar o bebe bonito pras visitas. Aliás se quer me disseram qeu teriamos epoca que colocariamos as visistas pra fora de tanta gente querendo ver o bebe e que alguns poucos meses depois estariamos perguntado : "Cadê todo mundo?"

Recentemente uma amiga muito querida recém parida me disse , em tom de apelo: "Como pode mudar? vc tem certeza que algum dia isso vai mudar?" Eu ri , egoistamente, eu ri porque ela me fez lembrar de mim quando achava que nunca mais na minha vida, a minha vida chegaria perto de ser como um dia foi. Eu olhava por futuro e não o via, era como se eu fosse cega mesmo. O que  eu via era o breu e as coisas que estavam ali , me cercando, me sufocando. Eu tentei explicar a ela isso tudo e que uma belo dia ela ia olhar pro lado e se ver sem aquelas tetas imensas, e ver que tavam tomando cerveja e fumando cigarro e olha: Sem culpa! E no outro dia ia acordar numa cama num lugar diferente , e olha: Sem filhos!
E a sensação é bem assim , é aí que conseguimos olhar pra trás pensar com um alivio oculto ( alguém nessa sociedade cretina que assuma que se sente aliviado por ser humano além de ser mãe): passou.

Lógico que mães, avós, e um bom companheiro (de verdade) do lado o trabalho prático fica muito mais suave e a padaria muito mais possível.  Porém , o processo interno é nosso, e só nosso, e por mais que tenhamos lido , por mais que eu tenha chegado perto do que você sentiu, muito provavelemnnte vc tem uma mágoa a mais , algo que foi mais dificil , algo mais complicado, mais doloroso e que pelos próximos 3 anos lhe fará pensar em nunca mais  mais ter filhos.
Mas se você não acredita em mágica ( eu acho que é  insanidade mesmo) , passará a acreditar quando passados três anos você carregar o bebe do vizinho com uma ponta esquisita de saudade dessa época e aí minha filha corra , porque muito provavelmente o proximo está muito perto e tudo será muito mais suave.

sábado, 23 de abril de 2011

Escudo

"Sai de si



Vem curar teu mal


Eu não tenho tempo pra falar teu nome



Eu não tenho nome pra você dizer


Meu café jamais vai matar sua fome


Nada que tu traga vai me apetecer


Sinistro parece que a gente se deu ao desfrute de nada


Tua tanga na manga do mágico falso


Tuas mãos na cartola teu corpo no palco






Traga pra cá tudo


Deixe teu ser mudo me fazer falar






Não contei ainda teus escudos surdos


Sabe que eu te estudo sem me aproximar


O teu santo gringo me mostrou teu mundo


Vi que no escuro tu fica a chorar


Se Shiva me disse pra ter paciência


Te pego no beco do sino da crença


Te assusto com a ira da minha demência






Traga pra cá tudo


Deixe teu ser mudo me fazer falar"





... Eu tenho andado puro sentir. Sinto coisas e e tenho saudades, como sempre tenho a sensação de que há algo no passado . Sei que essa sensação é ilusória e que a medida que o tempo vai passando cada vez mais vez que olhar para trás terei mais motivos para sentir saudades. Será que corro o risco de morrer de nostalgia?
Ás vezes eu olho para a minha vida e é como se eu tivesse em coma. Como se meu corpo vivesse algo e minha alma vivesse outra, quando eu estou assim eu preciso respirar e colocar as coisas em ordem dentro de mim.Eu estou longe de estar infeliz e tenho muito poucos motivos reais para estar insatisfeita. talvez o que mude não seja a satisfação, seja a motivação.
Se algo mudar em minha vida , dessa vez eu sei que é por uma necessidade minha. Eu estou diferente , e estarei cada vez mais, quando penso nisso e olho pro futuro imagino que em algum momento terei que escolher entre estar feliz e estar muito mais eu. Essa é uma escolha nada fácil quando existe uma construção inteira que depende de seu alicerce;
Em fim , algo aprendi ao longo dessa caminhada: paciência. Reflexão e permissividade consigo mesmo. Preciso voltar lá.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Deleuze e o Amor.

Ser e Estar.

Tenho pensado muito no verbo Estar. Antes era muito importante para mim Ser. Depois entendi que Ser é um só, e é estagnado, fixo, rígido. Limita. Estra transcende e multiplica. Eu estou hoje e posso não estar amanhã e voltar a estar de novo mais tarde , ou nunca; Isso é bem político. Acho que Ser é menos político do que estar , porém também avalio que pensar por essa ótica do que é ser poplítico já é um raciocínio hierarquizado.
Eu gostar de Estar e não Estar. Estar parcialmente e  às vezes , quase sempre, momentaneamente completamente. Isso é muito mais eu.

Hoje eu estou política
Estou gay
Estou mãe
Estou intelectual
Estou a parte
Estou frenética
Estou em paz
Estou sendo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

...Não queria, mas fui.

Fui lá eu. Depois de um domingo de corre-corre atrás de filho, fiz mais um imenso sacrificio pra cumprir uma parte essencial de avaliação da disciplina de Dança e Contemporaneidade. Não que eu não tivesse interesse, mas poxa vida... domingo 8 da noite? E eu tenho tantas outras coisas que adoraria ir ver e não vou porque não tenho tempo... Em fim , fui.

Teatro Vila Velha. Toda vez q entro alí não sinto vontade de sair.

Tive muitos, muitos ganhos. A começar que revi um alguém que nunca tinha saído de minhas lembranças. Eduardo Matedi. Professor de filosofia de Jornalismo na FSBA. Pessoa incrivelmente única. Passamos momentos incriveis de construção de raciocínio.... Longos papos e café. Realmente, alguem que fez diferença em minha vida e que mais uma vez eu tinha perdido de vista. Na verdade tinha tanto tempo que eu não o via ,que não teria reconhecido sem suas longas madeixas, se simpaticamente ele não tivesse me parado para o reencontro. Delícia, papo, café, saudade... tempos, tempos, tempos. Muito bom. Breve e bom.

Depois entrei pro espetáculo do qual eu não sabia , nada. Normalmente procuro saber , e até tentei na internet , mas escrevia o nome errado e não achei nada.

"Isso aqui não é Gotham City" - Não vou falar sobre o espetáculo porque isso será um outro post.

Lá dentro várias pessoas da Ufba. Pessoas que em nada me identifico, risadinhas , oi , oi. e por fim encontrei alguém que na verdade é alguém que sempre passou como o amigo do amigo. Eu só, ele só , sentamos juntos e descobri mais um alguém que vale a pena um papo. Achamos a Teoria Queer entre nós. Uau. Adorei. E fiquei na vontade de prolongar o papo. Senti mesmo vontade de ficar , pessoas legais!!!Mas não deu. Um cigarro e tchau. É bom ser surepreendida positivamente. A cerveja fica pra próxima, em breve.

O post é só pra registrar e me fazer lembrar outras vezes que eu tiver com preguiça de viver coisas boas: Há sempre ganhos. Ainda bem que eu fui, ainda bem que acordei cedo, peguei meu buzu , vi minha mãe, e fui no Teatro. É essa vida que quero. Não posso me esquecer disso, os muros do laguar onde eu estou são muito confortáveis, convidativos e acomodam, e isso é péssimo.. o mundo é bem melhor.

Terça-Feira, eu topo tudo. E a partir de agora terei sempre um dia assim: Eu topo tudo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Carta para um Hétero.

Olha só. Nós somos diferentes.






Tudo bem. Já sei o que você vai dizer: mas nós somos todos diferentes. Ou então que nós temos um monte de coisas em comum, outras coisas em que somos bastante iguais. É claro. Mas eu não to aqui pra falar de todas as diferenças - nem das semelhanças. Tô falando dessa, essa aqui, essa agora. OK?





Portanto, nós somos diferentes. E quando digo somos, digo assim mesmo, no plural. Eu sou diferente de você, do mesmo jeito que você é diferente de mim. Não vá pensando aí que porque você tá hoje no topo dessa hierarquia social que eu sou O diferente, o diferente de VOCÊ. Porque eu não reconheço essa tua hegemonia, me rebelo contra essa tua norma e embora saiba que ela existe e o quanto ela é forte, trabalho todo dia contra ela. E não posso, nem quero, nem vou, reconhecê-la no discurso. Portanto, somos diferentes sim. Assim. No plural. Eu sou o seu outro. E você também é o outro de mim.





Você então vai começar a falar sobre o quanto nós somos parecidos, em tantas coisas. Bom, o negócio é o seguinte: Eu não quero ser igual a você. Não quero ser grosso, nem soar arrogante, mas vamos parar com esse monte de comparações. Então não venha com essa história de que nós amamos igual, nós nos relacionamos igual, nós sofremos igual. Porra nenhuma! Que é isso!





Nós não sofremos igual. Cada sofrimento é particular. E por mais que você já tenha sofrido com outros preconceitos, a discriminação não é algo que se acumule ou que se pontue. Cada um vai experimentar ela de um jeito. Por outro lado, eu também acho, pelo menos desconfio, que você também sofreu um bocado por conta das mesmas regras e normas que me fizeram viver tanta angústia. Mas nós vivemos lados diferentes dessa história. Não dá simplesmente pra dizer que é a mesma coisa.





Nós não nos relacionamos igual. Eu não sei se eu quero casar. Eu quero ter o direito de casar, o que é bem diferente. Mas também quero ter o direito de não casar! De querer viver junto, ou de ser solteiro a vida inteira, ou de ter uma relação por interesse, ou só por amor, ou só por sexo, a um, a dois, a três. Eu quero ter o direito de adotar um filho ou uma filha, ou de fazer um ou uma pelos meios que já existem. Mas também quero ter o direito de não querer ter filhos! De gastar todo o meu dinheiro comigo mesmo, numa vida cheia de luxúria e frivolidade!





Do mesmo jeito: Nós não amamos igual! Não tem como! Cada um ama de um jeito. Para alguns amor é apego, pra outros carência, pra outros entrega, pra outros cobrança, pra outros liberdade, pra outros compromisso. Então como assim "nós amamos igual"? Quem disse que só tem um jeito de amar? Quem disse que esse teu jeito aí é o certo? Quem disse que eu quero amar pra vida toda? Ou só uma pessoa? Ou juntar amor, sexo e conta pra pagar?





Além disso, não é bem de amor que a gente tá falando. Esse quadro quem pintou foi você. Afinal, quando você fala de amor, não precisa falar daquelas partes, daqueles pequenos detalhes, meio desagradáveis, do tipo que não se fala quando a nossa avó tá na sala. Mas não adianta. Entenda uma coisa, meu bem: além de todas as coisinhas bunitinhas, nós estamos falando é de sexo! É, isso mesmo, de paus, picas, bundas, bocas, peitos, pelos, pés, dedos, sêmen, couro, cordas, tapas, dois, três, quatro, quantos couber! Estamos falando de chupar, dar, comer, bater, lamber, cheirar, fuder, gozar!



Quantos quartinhos escuros você já frequentou na vida? Quanta pegação já fez num banheiro da escola, do shopping, da rodoviária? Quantas sacanagens você já fez em becos escuros, praias, casas abandonadas? Saunas? E não vá achando que tudo isso vai sumir, lentamente desaparecer, a medida que eu possa simplesmente viver a vida do seu jeito. Não, gato. Tudo isso tem uma beleza própria, um gosto próprio. Tudo bem, é verdade, eu trepava no beco porque não podia namorar na pracinha. Mas quem disse que quando eu puder, de verdade, namorar na pracinha, eu vou dispensar o beco?







Olha só, meu querido: Eu dou a bunda. E gosto. É verdade, você também poderia dar. E poderia, sem dúvida, aprender a gostar. Como eu também poderia aprender a delícia de comer uma mulher. Nossa diferença é claramente construída. Uma diferença cultural mesmo. E aí? Quer tentar? Se você tentar eu tento, juro...





Ah, e não se esqueça: Eu dou pinta! Isso mesmo! Desmunheco, falo fino, dou gritinho, ando rebolando, gemo, bato cabelo, faço carão, penero, dô close, faço a egípcia, faço a uó. Porque aqui, meu amor, quem tem medo de parecer com mulher é você. É você quem acha que tudo isso é coisa de mulher. E mesmo que eu discorde, e ache que esse teu pensamento binário de macho e fêmea é um bocado limitado, eu não tenho medo nenhum do feminino. Se isso te desconforta, te incomoda, é porque você ainda acha que ser mulher, ou parecer com uma, é algo vergonhoso, pejorativo, que diminui, que inferioriza. Pra mim não é. Quando você me xinga de mulherzinha - e como pode mulher ser um xingamento? - pra mim é elogio. Eu sou dessas, meu amor!





Talvez você não ache a minha linguagem apropriada. Mas é isso, falar é como dar o cú. É um ato político. Não posso abrir mão. Nossa língua é a mesma, mas os usos são diferentes. As palavras que você acha feias são as palavras que seus amigos inventaram pra falar mal de mim. Todas elas! Mas se eu fugir delas, é como se eu estivesse reconhecendo o medo, o medo do seu dedo, que aponta pra mim, e me culpa. Mas pra mostrar que eu já não tenho medo, eu uso essas mesmas palavras, que pra você são ofensas, e as transformo no meu nome, escrevo elas na minha carteira de identidade, faço delas a bandeira que eu vou levantar na rua.







Portanto, meu amor, aceita. Nós somos sim: viados, bichas, boiolas, monas, baitolas, pederastas, sodomitas. Nós damos o cú. Nós chupamos pau. E comemos também (não se esqueça!). E botamos pra chupar. E fazemos muitas outras coisas, que talvez você julgue inapropriadas, estranhas, nojentas, mas que eu acho uma delícia! Eu não sou limpinho. Não sou higiênico. Não sou essa pessoa boa, inteligente, amiga e maravilhosa. Sou legal e escroto como todo mundo - e como só eu sei ser, claro.





Entenda uma coisa, meu amigo: eu não quero ser igual a você. O que não quer dizer que eu quero ser diferente. Já passei dessa fase. Simplesmente eu não preciso, isso mesmo, eu não preciso me sentir semelhante a você para me sentir bem comigo mesmo. Entendeu, darling? Porque nesse teu sorriso de bom moço, complacente e carinhoso quando diz, 'nós somos todos iguais' o que no fundo você quer dizer é que pela sua bondade e cabeça feita, você me deixa entrar no seu clube, você me deixa vestir a sua camisa, você me deixa dizer que eu sou seu amigo. Mas desculpa, amigo, eu não preciso ser seu amigo. Nós até podemos ser, sem dúvida, e descobrir um monte de coisas pra fazer e falar sobre. Mas eu não preciso da sua aceitação. Não preciso do seu afeto. Não preciso da sua condescendência. Se sermos iguais significa eu me tornar parecido com você, muito obrigado, desquenda, beijo, me liga.





Se você quer me reconhecer, me reconheça como igual. E como diferente. Nós não precisamos nos gostar. Nós não precisamos nos amar. Nós simplesmente precisamos aprender a conviver. Talvez nem sempre dê pra gente entrar num acordo. Talvez em alguns momentos a gente caia na porrada. Mas se for assim, que seja uma briga justa, e não um genocídio. Que seja uma porrada, e não 49 facadas. Que seja uma luta. E não um crime. Se as nossas diferenças se tornarem em algum ponto tão incompatíveis, que você saiba me reconhecer como adversário à altura, e eu idem. E vamos à disputa. Afinal, quem disse que democracia é consenso? Muito pelo contrário. Democracia é apenas um jeito um tanto mais justo da gente brigar. E, além disso, minha raiz não me deixa pensar diferente, não é a harmonia que faz as coisas andarem. É justamente a discórdia! É o desequilíbrio que faz a gente aprender. É o conflito que move a própria História.





Mas pra você não me achar completamente antipático, vamos lá, te convido pra tomar uma cerveja. A gente senta, bate um papo, e quem sabe não aprende um com o outro, sobre um e sobre o outro. Só não vá beber demais, porque aí, sabe come que é... Eu não me responsabilizo...