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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

As outras coisas

desde março deste ano mudei de analista, fui surpreendida com o desligamento da minha da clinica onde era atendida, e resolvi me desligar dela e enfrentar o novo, e o nove veio em formato de homem. Agora tenho mais um homem no meu processo de análise. Fiquei um tanto incomodada da possibilidade de meu analista ser homem , na real fiquei foi um tanto surpresa , era posso se não houvesse essa possibilidade.


E aí a pessoa em análise , já entendeu o esquema e assumi o BO de meu incomodo e caí pra dentro. Meu analista jogou na minha cara como estava cômodo minha analise com Andressa. Eu realmente precisava trocar de analista depois de 4 anos já estava engabelando a bonita. 


E aí um turbilhão de coisa acontece né? Ainda bem que estou em analise quando recebi a proposta  de sair de sala de aula , assumir o projeto do turno complementar e me jogar profundamente nisso, me estabelecendo como coordenação da escola onde sou professora há mais de dez anos.

Senti muito medo de sair de sala de aula, duvidei de minha capacidade de assumir essa coordenação e me perdi do meu desejo, como sempre. 

Aceitei sem muita certeza, mas entendendo que a longo prazo a sala de aula leva ao limite da exaustão. 

Vamos que vamos, é um novo momento, e quem sabe novos voos, e um jeito diferente de estar na rotina. 

Acho que tudo ta acontecendo pro melhor. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

gira mundo

 que maluquice


amo dizer isso


a vida é muito maluca memo. As voltas que consigo dar em torno de mim, em torno das minhas compreensões.

Já é setembro, tenho me afastado cada vez mais na minha escrita, mas talvez entendendo e aceitando que isso é que é a minha relação com a escrita mesmo. Nesse ano foi tudo gigante. TUDO. Comecei o ano retirando meu santo do terreiro onde fui iniciada, e começando uma jornada aprendendo a cuidar sozinha do que é meu. Sinto falta do coletivo mas não sinto do que me adoecia. 

Oxum agora vive comigo, e cuido dela do jeito que posso e consigo, mas com todo amor do mundo. Confiando meus caminhos aquela senhora, assim como meus pais Ogum e Oxalá. Desde daquele momento também senti Antenor se movimentar de um jeito diferente comigo, e com nossa vida,  até ali eu não entendi muito o que fazer com aquilo. E tava tudo muito com Caio, de quem tive que me despedir de um jeito que não gostaria. Mais um vez carnaval, e lugar em que ocupa minha vida, me senti péssima muitas vezes, mas talvez pela primeira vez na vida conseguir impor meu desejo a outro, pela primeira vez consegui sustentar meu propósito de vida diante de outro desejante. 

Sinto muito e ainda sinto mesmo, todo dia queria ligar pra ele, falar com ele, e acho que em algum momento isso ainda acontecerá, lembro dos olhos, dos sorrisos, das conversas, sinto falta do toque, das praias, dos filmes, do comportamento meio alt, dos olhinhos perdido na fumaça da maconha, do queixinho tremendo quando usava droga, da mão sempre sempre sempre encostada em mim quando estávamos juntos. Era realmente tudo muito bom, mas ele queria algo de mim que eu não sabia como oferecer, até entender que eu não queria oferecer.


Quando me libertei de Caio consegui deixar Antenor voltar a se aproximar de mim, não só pq Caio saiu, mas pq ele investiu muito em fazer as coisas diferentes, e aí, Isaac me desmontou, entrou em minha vida, me fazendo escapulir de minhas convicções, todo lindo de boca, olhos, sensibilidade , um olhar de poeta, de amigo, e de distancia, só eu sei onde me enganchei naquele homem. Ainda é bem intenso e confuso, e desejante

Ricardo apareceu como bomba na minha vida, uma pessoa que eu ja conhecia ja sentia o olhar , ja sentia o rondar, mas que nada acontecia nunca, do nada aconteceu, e tenho certeza do mundo sobre nossa conexão , a energia bate certo demais, conversas intermináveis, risadas maravilhosas, musica, riso, café e safadeza. Um boy que sinto que me quer de um jeito que ja conheço. Mas não consigo baixar minha guarda pro tipo de homem que ele se mostra ser. 

Até que o cantor ( sem nomes pq o boy ta famosinho), de tudo mais doido que me aconteceu na vida, o encontro com este jovem foi o mais divertido, um jovem absolutamente jovem, que me apresentou sensações sobre mim que eu nem sabia que tinha, quanta insegurança meu deus nesse meu corpo meu deus, quanto medo de me sentir ridícula, como sou etarista. Ele se mostrou um desafio meu pra mim. Lindo no palco e na existência, que voz, que entrega de tudo, a mesma entrega no palco e na cama , no afeto, na disponibilidade, toda hora quando estou com ele eu me pergunto: eu era assim com 26 anos? Que suavidade e ao mesmo tempo densidade esse jovem idoso me apresenta. Habilidade emocional de invejar qualquer quarentão em terapia. Ele vive tudo que sente, mesmo. 

e o raio de sol da minha vida, doçura lindeza, presença, compreensão. A mulher que finalmente ficou, mas isso é pra outra hora, pq nisso tudo tem eu, entendendo meu funcionamento, compreendendo minhas vulnerabilidades, agindo quando preciso, endoidecendo o quanto posso, e entendendo que talvez eu nunca tenha as respostas que busco de forma tão exaustiva.  



Recebi uma proposta para sair de sala de aula, volto aqui pra contar isso logo mais.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

uma coisa é entender outra coisa é funcionar

 Lá se foi 2023, cheio de doidice, que ano difícil do caralho. Também um ano que aprendi muito muito muito sobre mim. Viajei bastante , extrapolei todas as energias, fui no inferno duas vezes, pensei que perderia pai e mãe, precisei lidar com meus demônios, minha mania de controlar tudo, vi gente que amo sofrer muito e não poder fazer muita coisa, trabalhei para um caralho, realizei coisas legais, fui intempestiva, entendi que não controlo  muito menos do penso,  e consigo mais ainda do que penso viver sem tanta necessidade de controle, apesar de reconhecê-lo como importante para manter minha vida minimamente organizada. Afinal entregaria o controle de minha vida na mão de quem? Compartilharia com quem?

E cá estou. Depois do ano passado começar com minha mãe atropelada e uma estadia difícil de HGE , terminou com meu pai quase morrendo e dois meses de hospital com doença cardíaca e uma recuperação de ponte de safena complicadíssima.  Tão vivos. E  meu controle serviu preu não morrer de loucura. Apesar de ter me viciado em remédio pra dormir. 

Foi um ano de deixar Caio entrar mais em minha vida, e entrar mais na vida dele, e tivemos nossas dificuldades, entendi com Caio o que é importante para mim e o que não devo mais aceitar. Ele é tudo que a minha cabeça queria ter, completinho, mas entendi que a falta constitui nosso desejo de uma forma bem didática. Eu adoro o carinho dele, adoro o afeto dele, mas ainda que consiga reconhecer todas sua qualidades e como gosto de todas elas, eu preciso de uma ausência. 

E não me acho completamente doida em reconhecer isso mas sei dos lugares perigosos que posso ir se me deixar levar somente por isso. Depois de uma turbulência dolorosa para nós dois, acho que estamos construindo um lugar interessante pra nós dois. Me sinto muito amada e desejada por ele, e isso é uma delicia e pretendo cuidar .

Agora encerram minhas ferias, estou descansada da rotina, ja naquele modo querendo sentir minha rotina de novo, e tentando estar nela de forma mais leve para n ficar tão exausta, estar mais flexível comigo, e menos dura com minhas decisões, me deixar recuar, errar, e pedir ajuda. 

Me manter longo do que não me faz bem, me protegendo de mim mesma e de todo que buraco que posso tentar me meter, e cavar .