Aquariana, porém leonina. Libriana porém capricorniana. Flerto com o caos. Soteropolitana,feminista, louca, desajustada,desregulada, desenfreada.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Desorganizando,fica desorganizado.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Sobre Suicídio
Disse ele que a" opção" sexual(óóóó céus - não é uma opção - começamos bem rsrsrs) nada tinha a ver com um ato suiícida que alguém (homossexual)venha cometer. Aí veio todo aquele discurso de dor na alma ( que eu concordo) e que o sujeito escolhe se matar por uma questão somente interna e que fatores externos nao teriam foça para agir no sujeito com tal força bá blá blá blá.
Pausa.
Respira fundo, se sgura pra não cair da cadeira.
Há muito tempo não discordava tao ferozmente de alguém. me senti completamente embasbacada de ouvir tal asneira de um psiquiatra/psicalista.
Hoje já consegui me recompor do choque, então vamos lá;
De que mundo vem o ET que acredita que a dor na alma no são dores causadas pela interpelações sociais? Se existe esse , deve ser um mundo bem melhor que o nosso.
Se alguém discorda disso por favor, me convença que existe outro raciocínio tão óbvio quanto esse.
Canso de ver nas comunidades sobre pessoas que cometem suicídio e deixam seus perfis ativos nos sites de relacionamento comentários assim: " tão bonita e se matou." "parecia tão feliz e se matou", " nossa...tinha filhos,família,uma vida confortável e se matou" , "tinha tantos amigos, tao amado e se matou".
As vezes a pessoa é tudo isso junto e se mata. Não me venham dizer, psicalistas ETs, que isso nada tem a ver com as repressões sociais a quais estamos submetidos todos os dias.
Minha questão aqui é a homofobia como um fator estressante ao homossexual que favorece a ideaçãoo suicida. A Heteronormatividade, é somente um exemplo de interpelação social. Logicamente que o sujeito vitima da homofobia (nem sempre explicita) age nele silenciosamente e não nunca isoladamente fazendo-o atentar contra sua própria vída, há diversos fatores até que se chegue a ideação suicida.
Talvez ninguém se mate por ser homossexual, negro, judeu, deficiente, seja lá qual for o grupo minoritáio, qualitativamente falando. Estes se matam pela culpa, vergonha, exclusão, por serem coagidos diariamente de algum forma fugir a regra padronizada, dita como certa e normal.
Os efeitos desses sentimentos são as tais feridas na alma, então não me venham com xurumelas somos todos culpados pelos suicídios crescentes e diários.
É isso aí!
POR CARLA FREITAS
BLOG: http://www.estudossobresuicidio.blogspot.com
domingo, 1 de agosto de 2010
Ana Cristina César
Para celebrar, uma pequena homenagem a poetisa Ana Cristina César. Em dois dias seguidos ouvi falar dela por duas pessoas diferentes... aí fui atrás. Uma suicida. Esse assunto me persegue. Acho que nessa vida vim para resolver isso. E resolverei. (http://www.estudossobresuicidio.blogspot.com/) Deixo aqui informações a poeta:
"...Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei...
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos." Ana Cristina César.
Esse poema é muito eu. Só tenho a agradecê-la.
Filha do sociólogo e jornalista Waldo Aranha Lenz Cesar e de Maria Luiza Cruz, Ana Cristina nasceu em uma família culta e protestante de classe média. Tinha dois irmãos, Flávio e Filipe.
Antes mesmo de ser alfabetizada, aos quatro anos de idade, ela ditava poemas para sua mãe. Em 1969, Ana Cristina Cesar viajou à Inglaterra em intercâmbio e passou um período em Londres, onde travou contato com a literatura em língua inglesa. Quando regressou ao Brasil, com livros de Emily Dickinson, Sylvia Plath e Katherine Mansfield nas malas, dedicou-se a escrever e a traduzir, entrando para a Faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), aos dezenove anos.
Cesar começou a publicar poemas e textos de prosa poética na década de 1970 em coletâneas, revistas e jornais alternativos. Seus primeiros livros, Cenas de Abril e Correspondência Completa, foram lançados em edições independentes. As atividades de Ana Cristina não pararam: pesquisa literária, um mestrado em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outra temporada na Inglaterra para um mestrado em tradução literária (na Universidade de Essex), em 1980, e a volta ao Rio, onde publicou Luvas de Pelica, escrito na Inglaterra. Em suas obras, Ana Cristina Cesar mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.
Cometeu suicídio aos trinta e um anos, atirando-se pela janela do apartamento dos pais, no décimo terceiro andar de um edifício da rua Tonelero.
A Teus Pés - (1982)
Inéditos e Dispersos - (1985)
Novas Seletas (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)