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domingo, 1 de agosto de 2010

Ana Cristina César

Hoje, gomingo chuvo de uma Bahia sem graça; A Bahia com chuva é sem graça , sem chuva e muito sol fica engraçadinha se podemos ver o pôr do sol sob as palmas do Porto da Barra.

Para celebrar, uma pequena homenagem a poetisa Ana Cristina César. Em dois dias seguidos ouvi falar dela por duas pessoas diferentes... aí fui atrás. Uma suicida. Esse assunto me persegue. Acho que nessa vida vim para resolver isso. E resolverei. (http://www.estudossobresuicidio.blogspot.com/) Deixo aqui informações a poeta:


"...Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei...
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos." Ana Cristina César.




Esse poema é muito eu. Só tenho a agradecê-la.





Filha do sociólogo e jornalista Waldo Aranha Lenz Cesar e de Maria Luiza Cruz, Ana Cristina nasceu em uma família culta e protestante de classe média. Tinha dois irmãos, Flávio e Filipe.

Antes mesmo de ser alfabetizada, aos quatro anos de idade, ela ditava poemas para sua mãe. Em 1969, Ana Cristina Cesar viajou à Inglaterra em intercâmbio e passou um período em Londres, onde travou contato com a literatura em língua inglesa. Quando regressou ao Brasil, com livros de Emily Dickinson, Sylvia Plath e Katherine Mansfield nas malas, dedicou-se a escrever e a traduzir, entrando para a Faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), aos dezenove anos.

Cesar começou a publicar poemas e textos de prosa poética na década de 1970 em coletâneas, revistas e jornais alternativos. Seus primeiros livros, Cenas de Abril e Correspondência Completa, foram lançados em edições independentes. As atividades de Ana Cristina não pararam: pesquisa literária, um mestrado em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), outra temporada na Inglaterra para um mestrado em tradução literária (na Universidade de Essex), em 1980, e a volta ao Rio, onde publicou Luvas de Pelica, escrito na Inglaterra. Em suas obras, Ana Cristina Cesar mantém uma fina linha entre o ficcional e o autobiográfico.

Cometeu suicídio aos trinta e um anos, atirando-se pela janela do apartamento dos pais, no décimo terceiro andar de um edifício da rua Tonelero.

A Teus Pés - (1982)
Inéditos e Dispersos - (1985)
Novas Seletas (póstumo, organizado por Armando Freitas Filho)

Um comentário:

Zélia Gadelha disse...

Fiquei feliz em conhecer um pouco da história dela. Confesso que ao publicar o artigo sobre o suicídio, não conhecia nada sobre ela, agora vou pesquisar um pouco mais a sua obra literária. Adorei seu blog! Bom domingo!!!!