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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

não era pra ter gritos

Tava num dia de celebração de encontros, fomos os três pra meu recanto boêmio, ja previa chegar la e meu garçom saber o que eu queria beber, não seria nada de mais pq esse corpo bauzaquiano ainda estava baquiada de cortejar. Eu fui la e virei a esquina. A esquina de sempre. A chuva frustava a expectativa da mesinha amarela de plastico e já pensávamos na outra possibilidade de ser feliz em outras mesas. Virei a esquina. A esquina de sempre, a chuva caindo, o sinal abriu e assim como num ato de loucura, de tempo indo e vindo , meu coração pulou de mim e eu fiquei no sinal vermelho interno... perigo, muito perigo, desaprendi a dirigir , em segundos longos , os maiores do mundo, tava la coma canela fina e  a cabeça gigante correndo com um cinto e um fone que traduz muito o que se tornou, correndo, com afinco, aquele afinco conhecido meu, de quem sabe o que quer e busca os resultados de sempre. Tão bobo... como sempre....O que diabos tava fazendo ali, numa noite de quarta com chuva e vento frustando minha noite.. veio frustrar tb. Não teria sido se eu meu coração não tivesse parado e ressucitado, porque ninguém me avisou que estaria aqui? Porque eu to com falta de ar porque eu reconheci com tanta distancia, com tanta distração, com tanto descaso? Desaprendi a dirigir, o carro foi pra um lado e pro outro dançando desembestado, e eu meu grito saiu de mim , calando meus ouvintes.... gritei alto, alto, como quem fica feliz em vê um fantasma, como o reencontro na praia, setado na areia numa adolescência sem motivo.

A adrenalina se desdobrou pelo resto da noite, e as dores tomaram o corpo como se eu tivesse pulado uma semana de carnaval.... ou enfrentado uma semana de batalha bélica.

O meu garçom acertou a bebida.

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