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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ouvir vozes

aí a pessoa que todos-os-dias-da-vida acorda sofrendo as 5 da manhã, um dia acorda as 4 para ouvir vozes.

só pode tá louca. Essa sensação de não reconhecimento eu já conheço. Em outras proporções e outras potências.

A coisa é grave. Sempre é.

Se tratando de mim todo cuidado é pouco. Preciso me lembrar disso.

O barulho da voz é como um chamado antigo, como se tivesse o tempo todo ali, me esquizofrenizando, me forçando uma lembrança que eu não vivi. E aí eu olho tudo em volta tentando me encontrar no quarto escuro, sem esperar o chato do despertador fazer seu cretino trabalho de me acordar  e preciso vir escrever. Preciso ser ouvida tb. Será que minha voz chega nos lugares também?

Será que estou ha muio tempo sem ir pro meu axé? será que uma noite de sexta feira para arriar um ebo pra meu Pai acalmaria meus ouvidos?

Meu parceirinho, meu João, tão ligado a mim, acorda junto comigo e me faz perguntas metafisicas complicadissimas e atemporais para seus curtos 5 ano. O que me deixa mais inquieta.

E aí, ao som do Discovery Kids, o maldito do despertador toca cumprindo seu papel de me lembrar o dia comprido que vai ser hoje, e que estamos em 2015. Isso aí, 2015 é impar.

Me vem na cabeça que talvez seja medo de avião. Eu preciso parar com isso, Um capuccino ajuda, sempre tenho em casa, pros dias de frio e vozes.





2 comentários:

Anônimo disse...

sua voz chega em outro lugar, lugares.

Carla Freitas disse...

anonimato não alimenta meus devires.