Estou em dias tão delicados de minha vida que me forcei a solidão. Aproveitei o vazio da casa para sentir as coisas. Coloquei minha lista de musicas fossa, e mergulhei na cozinha. Minha cozinha virou meu quarto. Entre cigarro, musicas e tempero resolvi cuidar de mim. Resolvi sair da cama, e ir enfrentar a cozinha. E como foi terapeutico. Cozinhei para mim, so eu ia almoçar, normalemnte em dias assim eu nem como.
Enfrentei as dores, eu, a faca e a tabua de temperos. moí tudo no liquidificador, coloquei sal sem pensar no gosto alheio, coloquei a quantidade de pimentão que eu achei necessária.
Isso foi tão bom. Eu me vi colocando a mesa para mim, ouvindo a musica que eu queria no volume que me agradasse.
Pensei, senti, parei de cortar tudo, falei com amores gaúchos, fiz tratos comigo, estipulei metas, descumpri regras , puxei a cadeira que gosto para dentro da cozinha e me melhorei.
Não sei até que horas,mas sei que serviu para eu pensar em mim. De forma bem egoista mesmo. Eu detesto não reconhecer meus sentimentos. Quando eu me vejo tumultuando tudo é como se eu tivesse me boicotando. Eu sei que se eu parar um pouco para ver, para escutar e sentir tudo, as coisas vão ficar menos turvas.
Em fim, cozinhei para mim, no meu tempo, com meu tempero, e cuidei de pensar em tudo, e me permiti sentir meu caos e me assustar com ele. A solidão é uma coisa poderosa quando se escolhe por ela.
Eu, meus alhos e minha fumaça fomos felizes no meio de tão poucas risadas.
Ele sempre comigo, me acompanhando nos mais doidos devaneios, o nome da musica é um detalhe importante, Obrigada Renato!
"Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão.
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção.
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão.
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza não tem direção.
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos."
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos."
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