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terça-feira, 20 de setembro de 2016

quando isso tudo acabar

eu sei que eu vou achar que não foi nada demais, e que vou logo ta pensando no doutorado. Mas eu jur que eu preciso de um ano longe de obrigações academicas. Eu sei que isso é agora, e que quando terminar eu vou achar que eu devo e posso fazer isso comigo.... mas oh gente, eu to escrevendo aqui pra dizer que hoje, EU PRECISO DE UM ANO DE FOLGA. Eu preciiiiiso....Eu preciso só trabalhar uma vez na minha vida. Preciso ter só essa obrigação produtiva,.


Agora eu to aqui, escrevendo. To num momento bom da escrita, ta saindo, ta ganhando corpo, um outro corpo, uma outra perspectiva, eu to me colocand sem medo no trabalho, e borrando todas as verdades sobre produções de saberes. Quebrando os paradigmas da ciência. Ciência sua lynda, me ature.

Mas a cada paragrafo q eu escrevo lá sinto vontade de escrever 4 aqui. E eu tenho me comportado com relação a isso. pq... ahh... pq eu me conheço, e cada dia vou querer escrever mais aqui e menos lá...e foi por isso q eu acabei com meu facebook por um tempo. Precisava me concentrar e a militancia me convoca muiiiito por lá, e eu n resisto a militancia. Aliás, é lá q sou feliz, o mestrado é só sobrevivencia tecnica.

gora eu vou respirar letras, e esquecer o mundo.


só belchior salva

Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar légua tirana
Lágrima nos olhos de ler o pessoa
E de ver o verde da cana

Em cada esquina que eu passava um guarda me parava
Pedia os meus documentos e depois sorria
Examinando o 3x4 da fotografia
E estranhando o nome do lugar de onde eu vinha

Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade disso Newton já sabia!
Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, corre o rio que me engana
Copacabana, zona norte e os cabarés da lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
Que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar
Mas a mulher, a mulher que eu amei
Não pode me seguir não

Esses casos de família e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso, o sol não é tão bonito pra quem vem do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
E pela dor eu descobri o poder da alegria
E a certeza de que tenho coisas novas
Coisas novas pra dizer

A minha história é talvez
É talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
Que no sul viveu na rua
Que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
Que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
Que ficou apaixonado e violento como você
Eu sou como você
Eu sou como você
Eu sou como você que me ouve agora
Eu sou como você
Como você

3x4 - belchior lindo amordavida


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