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domingo, 11 de setembro de 2016

trechos

quando o livro é bom e a gente não quer acabar

é exatamente assim que eu me sinto.

normalmente eu me sinto assim com tudo na vida. Ja falei algumas vezes aqui da ilustração que aquele menino chato querido e complicado me deu de presente pra explicar como era dificil ter que ir embora.Carrego a ilustração que ele me deu pra vida e to sempre usando.


O ultimo mergulho. Ahhhh esse ultimo mergulho.... é exatamente isso.

lá vai o trecho do livro, lá vai o impacto, lá vai..... A melhor coisa do romance é que ele não tem compromisso com a previsibilidade e ao mesmo temo sua obviedade é que nos mantém ali, com o livro aberto, pensando: poderia ter sido escrito por mim.

"20hs, 21, 22, 23...melhor desistir. Cama. Já deu. Isso é sinal. Gostava de pensar assim, nos sinais.
A cama tava alí  era só deitar e dormi.Teimosa.
00:54 - Vem!
puta merda, já tinha desligado aquele celular. É difícil manter uma decisão em tempos de visualização instantânea.
Vou, não vou, vou, não vou, vou não. Ter que bater ponto dali algumas horas devia ser automaticamente definidor para não ir. Devia.
Ok. Chamando táxi.
1:30- 205.
toda desorganizada. Já sabe que entrar ali é se perder pra sempre.
Sabe e vai, Quem sabe se perdendo se encontra em outros formatos.
Entra... entra mesmo. Ta lá, o anil. Tá lá, aquele tudo. Bem do jeito que ela pensava ser a vida.
Lá de cima, os deuses e deusas olham. Será que é isso?
quelas cadeiras não colaboram. Aquele azul no pescoço....aaahhhh
E já chegou dando os sinais.

Maçã.


Claro, ele ia escolher ela. Ia falar dela. Ia, ia, ia.... e ela tava ali, toda tomada.

'Você está apaixonada por mim?' Risos. Sabíamos.  Nem um toque.

Os segundos seguintes se alternavam entre, que bom que vim e o que estou fazendo aqui, Era só  nisso que conseguia pensar.

4:00 - conversa, fala, relembra, retoma, debate, pondera, reflete, contorna, troca, compartilha. Axé. Muito.

Quando ela ameaça ir embora, bater seu ponto no vida, ele reclama: com isso aí no pescoço não.

A ficha dela, que não costuma ser tão lenta, cai depois de mais de 3 horas procurando entender. Ele faz isso com ela.Ela se sente lenta. Se sente devagar , de um jeito que a vida diz não ser possível ser.


E só aí, envolve a moça, naquele espaço que coube uma vida. Aquele abraço.... daquele jeito... aquele cheiro, aquele toque. Era isso. O medo era esse. As apostas eram altas.

E se fosse bom?

Pergunta tola e imbecil. Sabiam da resposta, mas queriam se ouvir.

Poderia não ser bom. Poderia... Poderia.... aí não seria a vida. Ai não seria axé.

Ela tava ali guardando em si cada sensação. Já sabia que ia precisar de força.

Seu coro foi direcionado praquele lugar escuro, e seu coro ja todo entregue ele cuidadosamente depositou naqueles lençóis.

Arma. Eram armas de fogo. Eram explosivos. Ela sentiu tudo aquilo sem poder ter temo de pensar, precisou desligar e sentir, e com medo...ai que medo.

Era esse meu medo, repetia ele, incansavelmente, em cima dela, provocando o maior dos arrepios.

A vida vai seguir, se consolava ela, sentindo-se em casa, sentindo-se na própria cama.

Que sensação esquisita era aquela? que diabos de encontro era aquele?

 Os pássaros iam dando sinais de vida.
A vida ia seguir
tudo ia permanecer em seu devido lugar
menos ela e aquele dia que não terminou"



E foi desse jeito que interrompi aquele livro que me ajudou a passar tantas noites em claro. A expectativa da pagina seguinte e a narrativa que tanto já se sentia próxima.








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