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sexta-feira, 27 de julho de 2007

Juventude Suicida

Acordou, tomou café com a família, foi pro quarto
de onde saiu minutos depois com um tio na cabeça
Mais um jovem. O que tá havendo com essa juventude? Que dor maior é essa que cega ao amor da familia, que cega todos ao redor?Que tipo de sentimento devastador é esse que faz dessa juventude triste, seca e egoísta.
Até onde é culpa de um pai, uma mãe que erra com o intuito de acertar, que superproteje esquecendo-se do ser individual e possuidor de livre arbitrio.
É muito triste e sangra em mim , como ferida aberta, quando percebo que a vida humana está banalizada não só por uma questão social, mas por uma questão de valores internalizados equivocadamente.
De onde vem esse tipo de banalização não é uma questão simples, porém óbvia.
Se auto-destruir é um fenomeno existente desde sempre, porem esses valores equivocados vem acelerando o crescente índice de jovens que buscam no suicidio uma forma de solução.
Pais psicanalistas, irmãos, família estruturada. A sintonia e alegria não negava o equilibrio familiar que tinha (tem) aquele lar.
Uma conjuntura perfeita de um casamento feliz e filhos criados com todo amor, carinho e dedicação. Falta de limítes não cabe nessa situação.
Três meninos muito bem educados, de uma consciência social difícil de encontrar em jovens de hoje, exemplos de bom conhecimento de valores humanos.
Faculdade, referências, amigos, uma vida inteira encaminhada para a felicidade e o bem.
Onde tudo isso se perdeu?
Qual o eixo que desatou o desequilibrio de um jovem de 24, 25 anos que usufrui de toda estrutura emocional (aparente), financeira e familiar, para ser alguém possuidor da felicidade buscada por todos.
Será que nada maior havia do que aquela imensa dor?
Será que de uma vida inteirinha nada mais valia?
Perguntas sem respostas farão parte dessa família para sempre. Mais uma família sem chão, que busca qualquer vestígio de explicação para uma dor inexplicável de um erro fatal.
Esses pais? Frustrados, como pais, que certamente não acreditavam que alí dentro da própria casa morava o perigo.
Profissionalmente frustrados que todos os dias intervem em situações como essas e ali debaixo do nariz não conseguiram alcançar a gravidade da dor próprio filho.
E se tivessem enxergado seria diferente?
Mais uma pergunta sem resposta.
Meus profundos sentimentos à família e que algo muito de bom renasça urgentemente nos corações dessa juventude.

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