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terça-feira, 2 de junho de 2020

pão [PANDEMIA]

O pão, quando eu não consigo que alguém deixe aqui em casa, eu preciso ir buscar.As vezes passo semanas sem precisar. q mesmo quando acaba e ninguém traz, eu substituo pelo cuscuz, inhame ou tapioca. Mas eu amo pão. Hj eu tive que ir buscar. Quando isso acontece, me preparo toda, já vejo que outras coisas estão perto de terminar, e passo o dia nessa missão. Moro a poucos metros do Porto da Barra, e a padaria fica logo ali, virando a esquina entre o Porto e a minha casa. Naquela esquina, a caminho do pão, estico meu pescoço o máximo que posso pra ver o mar do Porto. Nos comunicamos de longe, e me é suficiente.
Hoje, eu fui lá.
Criei coragem, fui andando ligeirinho, num instante eu tava la, nem lembrava que era tão perto. Não pensei muito, só fui. Tremi toda, cheguei lá de frente pro mar, uma mistura de sentimento, de tá fazendo uma coisa erradíssima e emoção de ver aquela entidade de perto, sentir aquela imensidão, finalmente o infinito.

ver aquelas pessoas andando na orla, parecendo que fazem isso cotidianamente, leves, felizes, seguras, me faz sentir louca. Me faz duvidar da minha sanidade. Eu voltei e conversei com Tiago, ele sempre me faz sentir menos doida. Me reorganizei minimamente. Pq começou a bater uma onde de duvidar de mim, de n botar fé q aquele povo vai se aglomerar domingo, com a pseudorevolução agendada , tomara q calem a minha boca, e q eu esteja toda errada.

mas n to botando fé n.




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