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sábado, 30 de julho de 2016

nada ficou no lugar

os dramas de romances me deixam atordoada
eu nunca soube lidar bem
surto
n sei como agir
meto o pé pelas mãos
eu fico perdida
e lembro da musica de adriana calcanhoto - Mentiras -, que desde muito nova me chamava a atenção
acho que era o susto pela possibilidade de me reconhecer nela.

tô na merda
em duas semanas consegui destruir todo meu equilíbrio emocional que construi durante décadas, Ou pelo menos achei q tinha.
E eu fiz isso sozinha. Euzinha aqui.
Eu devo colocar um pouco disso na conta das duas semanas entre luto e hospital que passei. Agora q meu irmão conseguiu sair do risco eminente de morte, eu acho que eu consegui relaxar e aí toda a bagunça disso saiu por outros poros.
Mas não é só isso. Não vou delegar a culpa disso  as fatalidades da vida. Isso pode ter criado o cenario ideal... mas puts, n podia ter sido uma coisa de cada vez?
Essa semana eu n sei como eu consegui fazer tanta merda de uma vez só. Eu n faço ideia de onde sai tanta criatividade auto destrutiva.

É muita potencia jogada pro lado errado. Só pode.

Acho que agora eu começo a organizar isso, eu preciso tirar tudo de casa pra conseguir arrumar ela. Sempre foi assim. Quando o caos se instala em mim , eu preciso tirar tudo de mim, eu preciso fazer isso, pra conseguir colocar tudo no lugar de novo. Eu preciso cumprir meus prazos, escrever, entregar relatório, submeter pra qualificação, e eu não vou conseguir fazer isso com a vida do jeito que ta. Meu coração ta todo despedaçado e eu n sei onde os cacos foram parar. Quando isso acontece, os estragos são incontáveis.

Eu já sei o caminho que preciso fazer.
tirar tudo de dentro
pensa
pensa
pensa
sente
sente
sente
e começo a me refazer, juntando cada pedacinho e tentando encontrar o foco. Tentando.

Nem me lembro a ultima vez que me senti assim. Acho que foi la em 2013, a diferença é que as coisas lá atras aconteceram ao longo de meio ano, e agora foi tudo, TUDO, sentimentos extremos, opostos e loucos em três semanas. Aquele ano que eu sai de mim, esse ano eu não morro. Tenho certeza que vai ser um consolo voltar la nos posts de 2013 e perceber que com o tempo tudo passa.

Minha lucidez caótica é o meu sagrado. Preciso em reestabelecer. Pq eu ainda n consigo falar uma virgula sobre o que eu senti. Eu consigo constar e falar, e ja falei, mas eu n sei se alguém algum dia vai entender o que senti. Pq alguém entenderia meu romance tragi-cômico? Quem se interessa?
Eu sei que eu vou ficar bem. Eu so preciso entender esse toque de tamborim, preciso tirar isso a limpo. Preciso entender pq agora. Pq essa semana? pq tudo junto? Quem é essa feminista que mandou esse email? O que teria acontecido se eu n tivesse recebido ou lido esse email?
Como eu vou tirar aquela sensação de mim? Como vou viver sem as minhas certezas?

E agora?


A verdade é que eu tô fudida hoje e nem posso me embriagar. Vou numa festa de intelectuais marginais pq lá pelo menos eu vou conseguir ouvir outras vozes além da minha loucura.
mas amanhã eu não estarei. Vou ao show de Paralamas do Sucesso, usar da nostalgia pra me embriagar e chorar abraçada em mim mesmo.

Volte lucidez. Por favor.




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