~~~ ao som de Marsa - Movimento Circular ~~~~ mais contraditória só sendo aquariana, ops, sou!
a carta do jogo dos erês |
A meu ver a única forma de estarmos mais confortáveis na vida é através de estar em paz consigo, é estar atenta aos sinais, a intuição, a conversa com o sagrado, com o divino, para fazer as escolhas mais frutíferas para si. E isso pode tá ligado a religião ou não, mas sim, a espiritualidade de alguma forma, mesmo que se queira dar outro nome a isso.
Desde que me inciei no candomblé, todo meus sonhos e minha conexões com minhas entidades me encaminham para esse lugar, o lugar da cura de mim. E tenho recebido muitas orientações de todas as formas. Em todas as ferramentas que recorro para me aproximar mais de mim, meus santos aparecem de vários jeitos. É emocionante lidar com isso. Eu não tenho dúvida de que é isso querem para mim, por isso sempre meus encontros com essas ferramentas tem sido tão intensos, e sempre com alguma orientação Deles.
Desde então , tenho acessado novamente todas as sessões de ayuaska que participei há mais de uma década atrás. Tão forte que foi aquilo tudo, que talvez somente hoje com tantas ferramentas que tenho acessado, tenho começado a entender e organizar tudo que recebi daquela bebida de caboclo. Se eu for considerar a yusaka , minha iniciação com o axé começou há muitos anos, com os caboclos me curando no vegetal. Tenho usado muito tudo aquilo no meu processo terapêutico, no diálogo comigo, e nas minhas escolhas.
De um tempo pra cá, por conta da forma como
estabeleço minhas relações afetivas, e como me coloca num lugar de
subserviência, me inqueitei em sair desse lugar, mas para sair eu precisava
entender o que me fazia buscar esse lugar. E quanta dor, e quanta história, e
quanta repetição de padrão de comportamento, e quanto abandono de mim....
Então eu busquei terapia, e tenho sido virada
do avesso, com uma psicoterapeuta fooooda, que me ajudado a entender tudo isso
que vem acontecendo e me ajudando a me perceber e me implicar em tudo que é
meu, e abandonar tudo que não é.
Ainda em dezembro de 2019, no olho do furacão
emocional, conheci meu guru em matéria, não é para todo mundo ter uma mãe de
santo, tantos irmãos feiticeiros, tantas intuições e vidências e ainda ter um
guru. Eu sempre soube que isso aconteceria. Eu tenho um Guru e o nome dele é
Walter. Conheci Waltinho num momento critico de minha vida, por acaso alugando
sua casa no Vale do Capão, por acaso tb , eu descobri que ele faz leitura de
mapa astral karmico, e por acaso tb, descubro que ele fez o mapa astral de duas
pessoas famosas, uma de Ogum e outra de Oxossi, que eu conheço pessoalmente. Ok
entendi logo o recado. Conversamos muito sobre todo meu processo, e tive mapa
astral realmente maravilhoso. Muito esclarecedor, enfático e assertivo.
Ogum e Oxalá dando as bençãos através de Jupter e Saturno. Muito lindo poder
viver isso. Depois ainda, iniciei aulas de iniciação a leitura de mapa com ele
tb, e fortalecemos nosso vínculo de muito afeto e respeito. Ele é um cara
realmente que não existe nesse mundo. Tem que viver lá mesmo no mato, fazendo
kumbucha e mexendo na cerâmica, pq esse mundo é muito ruim pra ele viver aqui.
Depois disso, após muito desencontro, logo no
início da Pandemia, 4 meses depois do encontro com meu Guru, vivenciei uma
tarde incrível com uma Bruxa. Uma bruxa, desas de verdade, pura
firmeza e honestidade em suas falas. Uma pessoa querida, já conhecida, Ju,
resolveu colocar as cartas para mim, uma promessa velha, e sentamos durante uma
tarde pandêmica de medos, e assombros... por fim descubro a aláfia dos
jogos de búzios, nas cartas de tarô e do mapa astral. incrível. As forças
todas em todas as minhas ferramentas me indicando caminho de proteção,
intuitividade, e crescimento através do auto conhecimento.
Então vamos lá. Com ju descobri como sou e
como me veêm, descobri que to fazendo tudo certo, recebi a carta da vida no
baralho dos erês. E ainda ganhei de presente uma divorcio espiritual, que
significa rompimento com as relações onde estive no lugar de
subserviência emocional, é como se fosse um rompimento com meu padrão mais
forte de relacionamento nocivo a mim. Nossa, que dor, de março para cá, foi uma
caminhada muito gigante. ouvi coisas duras em terapia, disse coisas duras
pra mim mesma, me perdoei. Tomei decisões erradas, vacilei, recuei, e cá estou.
Entendendo que a caminhada é
muito maior do que supus.
Achando pouco, ainda recebi um belo convite de
um projeto que me deu total autonomia de construção do produto final, e assim
eu fiz, e hoje sempre estou me reunindo com oito gigantes mulheres para
construirmos isso, e cada dia de encontro saio mais forte, mais feliz de ouvir
essas mulheres e compartilhar com elas minhas reflexões sobre o assunto em
comum que nos atravessas. São mulheres que sempre admirei, e que consigo hoje
reunir no mesmo projeto, tô muito, muito, muito feliz, tanto com a realização profissional
quanto com a possibilidade de estar construindo um espaço de acolhimento e
escuta,muito seguro, que também ajuda na caminhada do auto conhecimento.
Não é uma coisa e outra coisa, é tudo uma
coisa só.
Por fim, mas longe do fim, estou vivendo meus dias, de portas escancaradas, de coração pulsando puro sangue de vida, e uma vontade enorme de entender cada pedaço dessa caminhada, sem pressa nenhuma de chegar, desejando olhar pra trás com afeto por tudo que vi.
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