a menina ainda dança
Até o sol raiar
fabular o cotidiano da vida, construindo minha relação de afeto com o sagrado em mim, o que move é sagrado, e o que faz movimentar também.
Construindo minha relação de afeto com meus dias de amor com minha rotina, minha rotina que quando eu quero desorganiza.
tem sido gostoso esperar sexta, não mais doloroso. Tem sido compartilhada todas as dores e fios de desafetos, porque eles me constituem também.
aprender a respirar ajuda a controlar minhas crises de ansiedade, desde que tenho feito isso nunca mais uma crise, nem no auge da dor de ter que decidir ir embora. Nem assim. Aprender a alongar meu corpo para que ele possa ir mais longe tem evitado sentir dores. Deixar de fugir do que se sente e se encarar profundamente, tem me feito cuidar melhor de mim, observar mais meus movimentos e deixar acontecer sem ter que ter tanto controle de tudo. Me permitindo mais ao prazer.
tem sido bom demais ser eu, tenho voltado a me ter e me reconhecer, fui embora daquela relação porque não gostava de quem eu era, e eu não conseguia mais acreditar que seria diferente, porque tivemos tempo demais pra ser e não foi. Então eu fui embora, e isso é sobre mim e é sobre ele, mas sobre ele não me cabe mais, só sobre mim. Eu conheço muito bem o poder destruição dele em mim , pela forma como lida com as questões dele e que atravessam a relação que tínhamos. E eu avisei, eu conversei e ele não se movimentou, porque certamente não quis, não desejou, não era importante para tanto, é hora de reconhecer isso, e tudo bem, não preciso mais sofrer naquele lugar.
Estou livre de esperar.
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