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sábado, 1 de agosto de 2020

quem conta um conto, aumenta vários pontos [PANDEMIA]


Pari um conto, q precisa ser ajeitado. 


Eis:

"Do nada , a mulher se deu conta do tão pouco.

O rapaz liga e diz:estou comprando umas coisas pra levar. Você tem restrição alimentar?

em choque ela responde.
~Quem pergunta esse tipo de coisa?

o homem, artista, pai, professor, um homem de muitas referencias. Talvez não para ela. 

não parecia ser possível para aquela mulher.

ele chega naquela casa, e conversa, e traz as novidades, garrafas alcoólicas, complementos, comidas, doces. 

um lapso temporal rompe com o único registro de relação que ela tinha até ali. 

Do que se trata tudo isso?
pouca cerimonia, muita cozinha. Cozinha pra ela, prepara, mexe, pergunta, ri, suave, 

ela tenta se lembrar quando antes isso tudo havia acontecido em sua vida
jamais

pontas de saudade do que tinha sido outro dia, era o tempero da noite. Resquícios do que deu certo. 
A mulher se dá conta que está criando memórias.

A mulher ainda meio atônita se dá conta das migalhas que ja recebera de outros homens e em choque sente vergonha de ter aceitado tão pouco.

senta , ouve, acolhe, ouve com atenção de quem quer descobrir tudo.

 E é homem, pensa mulher , ainda incrédula.


Conversam, politica, saúde, dinheiro, profissão, arte marginal, literatura, ahhhh teatro, O TEATRO, a literatura,  paixões em comum.  A mulher esquece de tudo. 

Na cozinha já envolvida por aqueles braços, ela ainda sem entender direito como deveria se portar. De repente estava nua no quarto, sem a menor cerimonia.

Enquanto ele lhe chupava, ela buscava pensar nos últimos registros sexuais que aquele corpo ja não tão novo e inteiro tinha sentido, não acessa mais nada, apesar dele está ali dentro dela, ela fecha os olhos pra enxergar aqueles zoin apertado,  e sente mais tesão, lembra dele perguntando se havia alguma restrição alimentar. mais tesão, e aquela língua que não para. Aquela língua que estava a apagar todos os registros anteriores, quando fosse embora restaria oque daquela mulher? Que novo registro era aquele?

a mulher coitada que nem respirava mais,

ouviu e sentiu afeto, de tantos lados que pensou que estava esquizofrênica. 

Preciso de mais um medico de cabeça, concluiu. 

Gozo, conversa, apertos, dengos, levanta, sai, deve ter algum defeito, sempre tem, 

mais drinks, mais conversa, mais sorrisos, mais carinhos, 

como se não bastasse, 
3 horas da manha, antes de ir embora

ele organizou suas coisas

e foi lavar a louça, antes de sair, fazendo planos de voltar

atônita, 
em choque
atordoada

ela se deu conta de tudo que não havia acontecido
até então na sua vida, acontecera naquele universo paralelo 
recebeu os últimos agrados
e parada na frente da tv desligada


ouviu aqueles passos irem embora 
desejando que fosse só um sonho


para que pudesse voltar a respirar


acordou, e a louça estava lavada.


sonho nada,

era igual a todos. Só que lavava a louça."






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